Lama Asfáltica: federais cumprem mandados de prisão em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos

Após meses parada com a prisão de André Puccinelli, a Lama Asfáltica novamente despertou no mundo político de Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal realiza, neste momento, a nova fase da operação, a sexta, batizada de Computadores de Lama, e corre para prender quatro pessoas no Estado.Os federais estão nas ruas de Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos

João Baird, André Luiz Cance e João Paulo Calves seriam três dos alvos da Polícia Federal na nova fase da Lama Asfáltica, conforme apurado pelo TopMídiaNews. Porém, ainda não há confirmação se o trio será preso, ou ‘apenas’ alvo de mandado de busca e apreensão.

Conhecido como ‘Bill Gates do Pantanal’, Baird é empresário da área de tecnologia, e já conhecido nas páginas policiais, figura carimbada da Lama Asfáltica e Coffee Break. Já Cance é ex-secretário adjunto de Fazenda do governo estadual e homem de confiança do ex-governador André Puccinelli.

João Paulo Calves é advogado e apontado pelo Ministério Público Federal como laranja de Puccinelli e o filho, com quem chegou a dividir cela.

A operação conta com apoio da Controladoria Geral da União e a Receita Federal. As investigações foram baseadas, em especial, nas remessas clandestinas de valores para o exterior, realizadas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores da Lama Asfáltica.

A deflagração da Operação Computadores de Lama decorreu da análise dos materiais apreendidos nas fases anteriores, com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas. As investigações também têm como objetivo apurar desvios de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas em contratações de serviços de informática, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, simulação de contratos para o repasse de recursos ilícitos e utilização de “laranjas” para ocultação patrimonial.

Os prejuízos causados ao erário, somando-se todas as seis fases da Lama, consideradas as fraudes, valores concedidos irregularmente como benefícios fiscais e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432 milhões.

Estão sendo cumpridos 4 Mandados de Prisão Preventiva, 25 Mandados de Busca e Apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos, com a participação de mais de 100 Policiais Federais, 17 servidores da CGU e 33 servidores da Receita Federal. (Top Mìdia News)