Justiça mantém prisão de empresário da fronteira por desvios de R$ 79,2 milhões

Ele é sócio de empresa RSI Consultoria e Investimento, acusada de dar golpe milionário do investimento por meio de esquema de pirâmide financeira

Empresário foi preso em operação desencadeada pela Polícia Federal em Dourados e Ponta Porã,  no no início de setembro
Empresário foi preso em operação desencadeada pela Polícia Federal em Dourados e Ponta Porã, no no início de setembro – PF/Divulgação

Por decisão do juiz Dalton Kita Conrado, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, foi mantida a prisão a preventiva do corretor e empresário José Paulo de Alfonso Barros, acusado de ser um dos sócios da RSI Consultoria e Investimento, acusada de dar golpe em investidores com a promessa de lucro de até 400%.

José Paulo Alfonso Barros possui uma empresa corretora de seguros em Ponta Porã e também atuava no esquema fraudulento que lesou quase duas mil pessoas em diversas partes do Brasil, principalmente em Campo Grande, Dourados e na cidade que faz fronteira Pedro Juan Caballero.

Conforme despacho do magistrado, publicado na última segunda-feira (20), antes de ser preso, o empresário ele foi até Londres, na Inglaterra, para liberar US$ 15 milhões, que segundo o magistrado federal, é equivalente a R$ 79,2 milhões na cotação oficial. A intenção do empresário era repatriar o dinheiro e manter o esquema.

Barros foi um dos quatro presos na Operação Romeu Sierra Índia, deflagrada no dia 1º deste mês pela Polícia Federal, para apurar o “golpe do investimento”. Ele alegou à Justiça que foi vítima de Diego Rios dos Santos, o Pedrinho ou Pedro Rios, e teria feito vários boletins de ocorrência após descobrir o golpe nos investidores.

Entre as vítimas da suposta organização criminosa, de ardo com informações do Ponta Porã em Dia, estão policiais, militares, promotores e juízes. O corretor alegou que tem bons antecedentes, é réu primário e possui residência fixa em Ponta Porã.

Em outro trecho do despacho de Dalton, afirma, com base nas investigações, que  “José Paulo apresentava-se a investidores, que depois se tornaram vítimas, como sócio da empresa RSI, justamente aproveitando-se da sua condição de corretor de imóveis, conhecido de pessoas com poder aquisitivo alto”, afirmou o juiz.