Edição genética vai aumentar produtividadeNova tecnologia busca maior adesão dos consumidores

A edição de genes é um grupo de tecnologias usado para ligar, desligar ou alterar material em localidades específicas dos genomas dos cultivos. Cientistas acreditam que essa tecnologia será transformacional, similar a quando milho e soja geneticamente modificados chegaram ao mercado nos anos 90.

“Com os transgênicos, nos introduzimos um material estranho na planta. Com a edição do gene, nós fazemos mudanças no genoma existente, em vez de usar um material genético estranho”, diz Adrian Percy, chefe global de pesquisa e desenvolvimento na Bayer CropScience.

A mudança de abordagem visa atrair maior aceitação dos consumidores. A tecnologia pode eliminar as gorduras trans, aumentar os carboidratos complexos e fibras, além de acabar com as alergias a comidas.

“Se essa tecnologia ajuda as pessoas viverem melhor, eu acho que podemos virar a aceitação do consumidor para a direção correta”, diz Chip Bowling, ex-presidente da Associação de Produtores de Milho dos Estados Unidos.

A diferença entre o transgênico e a edição genética é a precisão. A edição genética apenas muda o código genético através do processo natural chamada de mutagênese. “Um dos grandes diferenciadores é a especificidade que podemos alcançar. Nós identificamos uma sequência genética somente envolvida com o gene e não o resto do genoma”, afirma Federico Tripodi, CEO da empresa Calyxt, do Minnesota.

Entre as tecnologias que estão por via com a técnica estão a soja com altor teor oleico, vista como mais saudável para óleo de soja, e é desenvolvida pela Calyxt com previsão de chegada ao mercado no ano que vem. Já a DuPont planeja lançar o milho ceroso no mercado em 2019 ou 2020.

A empresa Cibus desenvolve o linho tolerante ao glifosato, dois traços resistentes a herbicidas não transgênicos de arroz e batatas resistentes à seca.

Fonte: Agrolink