O dólar ficou praticamente estável em relação ao real nesta terça-feira (24), com investidores repercutindo o adiamento da votação do parecer do relator da Previdência em comissão do Senado, e também de olho no andamento das relações comerciais entre Estados Unidos e China.
A moeda norte-americana terminou o dia em queda de 0,05%, vendida a R$ 4,1692. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,1835 e, na mínima, a R$ 4,1529.
No dia anterior, o dólar subiu 0,43%, e fechou a R$ 4,1714.
A cotação chegou a atingir o patamar de R$ 4,18 durante o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU nesta terça, mas depois voltou a rondar a estabilidade. O discurso “adicionou um pouco mais de pressão a um mercado que já está sensível”, disse à agência Reuters Igor Ghellardi Cruvinel, sócio-diretor de investimentos da Doc Concierge.
O mercado repercutiu ainda a notícia de que a votação do parecer do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre as emendas apresentadas à reforma da Previdência, prevista para ocorrer nesta terça-feira na CCJ do Senado, foi adiada para a semana que vem.
Além disso, operadores avaliam que a baixa taxa de juros no Brasil segue colaborando para uma fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração em outros mercados.
Na semana passada, o Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de queda de juros. A autoridade monetária também indicou que deve prosseguir com os cortes diante da fraca recuperação econômica. D.NEWS
