Datafolha: impeachment de Dilma não passa no Plenário da Câmara

Pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta sexta-feira (8) aponta que a maior parte dos deputados federais estaria decidida a votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara no dia 17 de abril. O levantamento feito entre 21 de março a 7 de abril indicou que 60% deles seguirão este caminho — percentual insuficiente para levar processo ao Senado.
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Considerando o total de 513 votantes, contando com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o processo de impeachment teria 308 votos, –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que o processo seja levado ao Senado.
Entre os que se declararam contrários ao impeachment, porém, o Datafolha mostra que o número ainda é insuficiente para o governo derrotar o processo. Segundo o Instituto, 21% dos parlamentares da Câmara (108 deputados) são contra o impedimento de Dilma. Para permanecer no cargo, a presidente precisa que 172 parlamentares não votem pelo impedimento.
O Datafolha apurou que a taxa de indecisos ou que não declararam a posição é de 18%.
Apoio ao governo recuou
Este é o terceiro levantamento feito pelo Datafolha na Câmara. Em relação às pesquisas anteriores, houve uma evolução no número de deputados federais a favor do impeachment (de 42% em dezembro para 60% em março e abril). Também houve entre os contrários ao processo (eram 31% em dezembro, ante 21% hoje) e entre os indecisos (de 27% para 18%).
Maioria quer renúncia de Cunha
A pesquisa do Datafolha mostra que a maioria dos entrevistados é favorável à renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), (61% defendem a renúncia, 23% afirmam que ele deveria permanecer no cargo). O mesmo percentual declarou que votaria, no plenário, pela cassação de seu mandato. Cunha é acusado no Conselho de Ética de quebra de decoro parlamentar, por ter mentido na CPI da Petrobras a respeito das contas ocultas no exterior.
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