Crise hídrica preocupa e preço da energia deve aumentar

Especialistas do setor avaliam que é uma das piores crises desde 2012
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta segunda-feira (23), que vai revisar a metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias, um dos itens responsáveis pela composição do preço final das faturas domésticas e empresariais.

Segundo representantes da autarquia, a mudança de metodologia deve incluir o percentual registrados nos reservatórios das hidrelétricas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, considerando que o país registrou no mês de setembro, umas piores crises hídricas desde 2012.

Para se ter uma ideia, os percentuais registrados na terceira semana de outubro foram os seguintes: Furnas (Sudeste/Centro-Oeste) que representa 17% do subsistema alcançou 13,8% de volume útil. No Nordeste, as usinas totalizaram 7,22% da capacidade, ainda que Sobradinho concentre 58,2% do total.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deve realizar uma reunião ainda esta semana para reavaliar as condições do sistema e um dos representantes que também é diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino afirmou que se a situação hídrica continuar como está, com chuvas abaixo da média histórica e níveis muito baixos nos reservatórios, o patamar 2 da bandeira vermelha deve ser acionado a partir de novembro. “O regime hidrológico está muito desfavorável, houve atraso na entrada do período úmido”, explica o representante.

A arrecadação relativa à bandeira tarifária no mes passado foi de R$ 1 bilhão, enquanto o custo de operação do sistema para as distribuidoras registrou R$ 4 bilhões. Até o final do ano, as distribuidoras terão impacto total de R$ 6 bilhões que só poderá ser repassado aos consumidores nos reajustes anuais, aponta a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

Fonte: Correio do Estado

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