Ao se apresentar na PF, Giroto dá tapa em celular e xinga jornalistas

Ex-secretário de Obras e ex-deputado federal se entregou na Polícia Federal, após revogação da liminar que mantinha ele e mais sete livres.
Edson Giroto na sede da PF, antes de agredir equipe de reportagem. (Foto: Marcos Ermínio).

Ao chegar para se entregar na sede da PF (Polícia Federal), em Campo Grande, nesta sexta-feira (dia 9), o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, implicado na Lama Asfáltica, agrediu uma equipe de jornalistas que trabalhava na cobertura.

Giroto desceu de uma Hilux branca e foi em direção à entrada da Superintendência, onde a imprensa o aguardava para entrevistá-lo. Rindo, Giroto caminha até a repórter Mariana Rodrigues, do Jornal Midiamax, e dá um tapa no celular que ela segurava. Com o impacto, o aparelho atinge a boca da jornalista.

Depois disso, o ex-deputado sobe as escadas da Polícia Federal, se volta para os fotógrafos e ainda xinga de “babacas”. Em todo o momento, ele ri para as câmeras. Edson Giroto estava acompanhado de seu advogado, Valeriano Fontoura. A reportagem tentou contato com a defesa, mas a ligação não foi atendida.

Entenda – O Supremo Tribunal Federal negou pedido de revogação da prisão preventiva do empresário João Amorim na terça-feira (dia 6). Com esta decisão, todos os envolvidos na fase “Fazendas de Lama”, da Operação Lama Asfáltica, que tinham sido beneficiados com este recurso, tinham de se entregar novamente às autoridades.

A Polícia Federal havia estipulado prazo até 9 horas desta manhã, para que se apresentassem na Superintendência, sem que houvesse necessidade de se cumprir os mandados de prisão.

Além de Amorim, foram presos na Fazendas de Lama: Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim); Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano (servidor da Agesul e ex-prefeito); Mariane Mariano de Oliveira (filha de Beto); Edson Giroto; Flávio Henrique Garcia Scrocchio (cunhado de Giroto); Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto (esposa de Giroto); e Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia de Amorim).

A Lama Asfáltica é maior operação contra corrupção no Estado. A ação contabiliza cinco fases, investiga desvio de R$ 300 milhões, conta com delação premiada, bloqueio de bens, e resultou, em 14 de novembro passado, na prisão preventiva do ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele foi solto no dia seguinte, feriado da Proclamação da República, pelo TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Cgnews