Sem medidas na fronteira, intervenção no RJ tem pouco efeito, afirma Reinaldo

Governador afirmou que o governo federal precisa olhar com mais atenção para os estados da fronteiraGabriel Neris e Anahi Gurgel

Governador Reinaldo Azambuja cobrou maior atenção para as regiões de fronteira com o Paraguai e Bolívia (Foto: Paulo Francis)Clique na imagem para ampliar

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a pedir atenção do governo federal em relação à violência nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, em Mato Grosso do Sul, principalmente depois da intervenção federal no Rio de Janeiro. “A intervenção representa que chegou ao extremo, deterioram todas as forças de segurança do Estado, restando somente ao governo federal fazer essa intervenção. Mas não adianda nada essa medida no Rio de Janeiro porque a causa está aqui na fronteira”, disse Azambuja, se referindo a saída de armas e drogas. Mato Grosso do Sul é caminho do tráfico.

Azambuja pediu reforço nas vias e rotas do tráfico da fronteira. Disse também que além do trabalho de assumir a segurança no Rio de Janeiro, o governo precisa se dedicar a toda fronteira, citando os estados de Rondônia, Acre e Roraima. “Tem que haver uma redução do poder econômico do tráfico, do quantitativo do tráfico, ou não vamos vencer essa guerra”, disse. Também afirmou que há uma unificação entre estes estados para cobrar do governo federal uma medida mais efetiva.

O governador lembrou que o pedido de reforçar a segurança nas regiões de fronteira foi feito ainda em janeiro de 2015 ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “É inconcebível, o Brasil é um dos únicos países que não cuidam da fronteira. As fronteiras estão escancaradas, espero que o novo Ministério da Segurança tenha uma atenção especial”, cobrou durante o lançamento da Jucems Digital na tarde desta segunda-feira (19).