Sem incentivo fiscal, loja de construção dribla crise em MS

A empresa Leroy Merlin inicia suas operações, nesta terça-feira (20), sem ter tido a oportunidade de acessar incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes) da Prefeitura de Campo Grande. Mesmo diante do impasse, foram investidos R$ 110 milhões em estrutura física e logística, com geração de 320 empregos.
Projeto que garantia isenção de imposto na construção e desconto de 50% do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por prazo de cinco anos, chegou a ser esquecido por prefeito e vereadores. Quando ia ser aprovado, Alcides Bernal (PP) retornou ao cargo de prefeito e o trâmite foi suspenso.
Conforme o gerente de expansão da rede francesa, Fernando Botton, o incentivo seria “uma ajuda” na instalação da 34ª loja no país. Ainda assim, os planos foram mantidos para disponibilizar ao mercado sul-mato-grossense 80 mil itens, divididos em 14 setores nos segmentos de construção, acabamento, bricolagem, decoração e jardinagem.
O espaço foi adaptado para atender o mercado regional, tendo por princípio dispor itens ecoeficientes e produzidos no Estado. A infraestrutura da loja, inclusive, conta com certificação Aqua de construção sustentável.
Em relação a crise política e econômica, o diretor-geral Alain Ryckeboer deixou evidente que a empresa se recusa a fazer parte dessa perspectiva ao contar com planos de expansão de três unidades para este ano e o próximo. Ele ressaltou ainda que esta será a oportunidade de fornecedores locais, mediante sua capacidade, se tornarem parceiros da marca.
Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o investimento da empresa representa a confiança do setor empresarial no Estado. Investimentos semelhantes neste ano somam R$ 28 bilhões. Correio do Estado
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