Robótica é sucesso no campo, dizem especialistas

Eles esperam que o investimento em tecnologia agrícola só aumente nos próximos anos
Alguns usos da robótica na agricultura, como visão computacional para detectar pragas e automação da colheita estão sendo consideradas opções de sucesso para os agricultores. Quem afirma são Marcelo Abreu, Head de Inovação e Felipe Neves, Arquiteto de Soluções, ambos do centro privado de pesquisa Venturus.

“Os algoritmos e a robótica estão mais presentes do que nunca. Inclusive na lavoura! Hoje já é possível implementar algoritmos de posicionamento com erros abaixo da casa dos milímetros com servomotores de baixo custo para compor estruturas robóticas que atuem no campo. Além disso, a própria unidade de controle do robô pode ficar responsável por se comunicar com o gestor da lavoura, informando o andamento das atividades em tempo real”, escrevem.

Os especialistas alertam para alguns impasses que ainda estão dificultando a utilização da robótica com o verdadeiro êxito na agricultura, consumo e fonte de energia elétrica necessária para a alimentação. No entanto, eles afirmam que pode se esperar um grade investimento dessa tecnologia, uma vez que acreditam que ela pode auxiliar em vários momentos da produção.

“Em uma típica aplicação de agricultura de precisão, o robô pode, durante o dia, fazer uso de câmeras para obter imagens de cada item a ser futuramente colhido; classificar e adicionar as condições climáticas daquele momento, bem como enviar relatórios. Em outra aplicação, o mesmo robô pode analisar as condições de solo utilizando pontos equidistantes e sempre no mesmo horário”, comentam explicando o funcionamento de robôs cartesianos.

Além do cartesiano, outro modelo que já está em uso é o robô com 7 graus de liberdade (7DoF), que promete automatizar a colheita de frutos sensíveis como tomate ou pêssego. “Ele tem a vantagem de ter mais liberdade de movimentos (quase uma réplica do movimento realizado pelo braço humano), o que é importante neste caso, já que os frutos não crescem em localidades regulares”, concluem.

Fonte: Agrolink