Quadrilha é condenada a 630 anos de prisão por tráfico de drogas em SP, ES, SC e RS

Ao todo, 28 foram acusados de agir em esquema que movimentou R$ 9 milhões de 2013 a 2016. Líderes de Ribeirão Preto (SP) pegaram 234 anos de prisão. Cabe recurso no TJ-SP.

A Justiça de Ribeirão Preto (SP) condenou 28 pessoas por um esquema de distribuição e venda de cocaína entre os estados de São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, descoberto pela Polícia Federal e Ministério Público em 2016 na Operação Falange.

O processo tramita sob sigilo. Por isso, os nomes dos réus não foram divulgados. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informou que as penas dos 28 acusados somam 630 anos de prisão. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça em São Paulo (TJ-SP).

Segundo o Gaeco, a quadrilha movimentou R$ 9 milhões durante os três anos de atuação, entre 2013 e 2016. Considerados líderes do grupo, dois irmãos que atuavam como empresários em Ribeirão foram condenados a penas que somam 234 anos de prisão.

A juíza Vanessa Aparecida Pereira Barbosa, da 3ª Vara Criminal, decretou ainda a perda dos bens adquiridos pelos réus, incluindo 14 imóveis de luxo, sendo um deles em Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC), e outro em Balneário Camboriú (SC).

“Com a venda dos bens, o valor apurado será gerido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e aplicado em programas ou instituições de combate e repressão ao tráfico de drogas”, informou o Gaeco, em nota.

Tijolos de maconha apreendidos em Ribeirão Preto durante a Operação Falange — Foto: Reprodução/EPTV/Arquivo

Tijolos de maconha apreendidos em Ribeirão Preto durante a Operação Falange — Foto: Reprodução/EPTV/Arquivo

Em maio de 2016, quando a Operação Falange foi deflagrada, a PF já havia informado que o grupo era chefiado por dois irmãos de Ribeirão Preto, que acumulavam grande patrimônio e circulavam na cidade com carros importados, apesar de se passarem por pessoas simples.

Os suspeitos mantinham duas bases: uma em Ribeirão e outra em Balneário Camboriú. A investigação apontou ainda que duas revendedoras de carros de luxo foram usadas pela quadrilha para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Ainda segundo a PF, as drogas entravam no país por Ponta Porã (MS) e eram distribuídas para estados do Sul e Sudeste. Durante a investigação, 402 quilos de cocaína e 73,5 quilos de maconha foram apreendidos. O entorpecente foi avaliado em R$ 5,5 milhões.

Sede da Polícia Federal em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução/EPTV/Arquivo

Sede da Polícia Federal em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução/EPTV/Arquivo