Produção de carne bovina em MS cai para o menor patamar em sete anos

Por: TOP Mídia News

A indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul encerrou janeiro com queda recorde no volume de abates de bovinos. De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), foram abatidos 276.677 animais no mês passado, o menor número para o período em sete anos.

Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de MS), Jonatan Barbosa, essa retração, que se relaciona ao desaquecimento do consumo, pode ser revertida com expansão do setor frigorífico no Estado.
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Em janeiro deste ano foram abatidos 19.925 bovinos a menos que em igual mês de 2017. Em valores relativos, a redução é de 6,71%. Conforme o histórico do Ministério, o volume de abates do mês passado é o menor desde 2011, com 268.872 cabeças. Desde 2012, o número vem caindo ininterruptamente: 293.879 nesse ano; 382.240 em 2013; 374.872 em 2014; 367.717 em 2015; e 340.555 em 2016.

Na avaliação do presidente da Acrissul, isso se relaciona ao consumo desaquecido e não à baixa oferta no campo. “A carne está muito cara ao consumidor final. E em época que as pessoas estão com menos dinheiro e muitas contas para pagar, elas compram menos carne. Muitas trocam a carne bovina por carne de frango, por exemplo”, comentou.

De acordo com Jonatan, o preço da carne é impulsionado pela própria indústria e por atravessadores existentes na cadeia da carne. Sem os diversos encarecimentos no decorrer da cadeia, o alimento poderia ser muito mais barato.

“As pessoas poderiam comprar carne de primeira por R$ 15 e a segunda, por R$ 9 ou R$ 10”, exemplifica. “Isso só não acontece por causa de atravessadores e dos frigoríficos. O produtor rural não é o responsável por isso”, disse.

Ele acrescentou que não há baixo estoque de gado nas fazendas. “Não é esse o problema. Gado tem”, enfatizou. “Estamos acabando de desovar o gado que estava na pastagem. Em seguida, durante a época de estiagem, virão os animais que estão confinados”, detalhou.

A baixa produção industrial de carne deve ser revertida neste ano, conforme acredita Jonatan. Ele informou que está em discussão a instalação de novas plantas frigoríficas a Mato Grosso do Sul, o que fomentará o ritmo de abates.

Outro aspecto salientado pelo presidente da Acrissul são os incentivos fiscais oferecidos pelo governo do Estado. “Isso também é importante para aumentar a produção de carne”, considerou.

Jonatan Barbosa reforçou que a intenção dos produtores rurais é de aumentar o consumo de carne em Mato Grosso do Sul, com oferta de produto de qualidade e com preços menores. “O que queremos é que as pessoas comam mais churrasco e possam se alimentar com carne de boa qualidade e que não seja cara”, finalizou.
TURU REMATES.
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