Por que os japoneses se recusam a usar o WhatsApp?

LINE: a alternativa ao WhatsApp

Os japoneses não usam o WhatsApp com frequência porque o mensageiro mais famoso de lá é o LINE. O aplicativo foi criado em 2011, após o país sofrer com um tsunami e um terremoto no mesmo ano, que sobrecarregou as linhas telefônicas e dificultou o contato entre a população. Playvolume

Logo no lançamento, o app já contava com mensagens instantâneas e ligações de áudio — algo que só foi surgir no WhatsApp em 2015. A principal vantagem do LINE era usar uma conexão com a internet: as pessoas podiam se comunicar através de uma rede Wi-Fi, por exemplo, e evitavam gastos com tarifas telefônicas para chamadas e envio de SMS. 

O LINE ficou ainda mais popular no Japão com o passar dos anos e ganhou recursos parecidos com o de uma rede social, incluindo um feed de publicações e uma aba de jogos. O app também trouxe muitas ferramentas antes do concorrente da Meta, como stickers e a criação de canais, além de receber suporte a macOS e Windows.

A plataforma virou um “superapp” que concentra uma série de outros produtos num só lugar: a versão japonesa traz serviço de táxi, espaço para compras, área de pagamentos, aba de notícias e até um espaço para consultas médicas online.