Polícia Civil fecha boca de fumo do “Paraguai”; produtos de furtos também são apreendidos

Polícia Civil fecha boca de fumo do “Paraguai”; produtos de furtos também são apreendidos

Droga apreendida pela equipe do SIG. Fotos: Polícia Civil de Caarapó
Após denúncias, o Setor de Investigações Gerais de Caarapó (SIG) terminou conseguindo êxito nesta quinta-feira (20), em fechar mais uma boca de fumo na sede do município.
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Os policiais foram informados que um casal estava transitando de bicicleta, tipo Poti, na cor preta, nas proximidades da praça da Igreja São Francisco, sendo que a mulher com aparência de ser indígena e que estaria carregando uma TV de tela plana, aparentado ser de LED, sob o colo.

Com esta informação, procedeu-se a diligência e na Avenida Ramão Vargas de Oliveira na proximidade do PAM, oportunidade em que se visualizou um indivíduo posteriormente identificado V.S.F. (36) seguindo rumo ao cemitério municipal de bicicleta cor preta conforme informações.

Durante a diligência, pode-se observar que uma mulher com aparência indígena, identificada como C.C.V. (19), a qual pegou carona, na garupa da bicicleta e seguiram pela Avenida da Saudade sentido ao centro desta cidade.

Logo em seguida, V.S.F. e C.C.V., ao perceberem a presença da viatura policial adentraram em escombro de uma casa. Ato contínuo, os policiais seguiram V.S.F. e C.C.V e os abordaram. Ao serem indagados onde estava a TV que carregavam há poucos instantes, C.C.V disse que havia trocado na “Boca do Paraguai” por uma porção de entorpecentes tipo “crack”. V.S.F. e C.C.V foram conduzidos até esta Delegacia de Polícia, oportunidade em que C.C.V disse que havia dispensado a porção de “crack” ao visualizar a aproximação da viatura policial. Então os investigadores retornaram ao local, acompanhados de C.C.V, quando ela apontou o local exato em que dispensou o entorpecente.

Em continuidade com as diligências, os policiais do SIG se dirigiram até a residência de L.R.I (18). Os policiais chamaram por algum morador da casa, mas ninguém respondeu, motivo pelo qual adentrou-se na residência que já estava com a porta danificada. Os policiais entraram na casa desconfiando que o morador estava escondido em um dos cômodos. No interior do imóvel, pode-se verificar ser ele constituído por três cômodos, uma pequena cozinha juntamente com quarto, um banheiro e mais um quarto. O local apresentava várias características de “boca de fumo”, estando sujo, desorganizado, com vários aparelhos eletrônicos de origem duvidosa.

Além disso, a televisão tela plana, LED, objeto de furto conforme boletim e que fora trocada por entorpecentes por C.C.V, estava no referido local, próximo à cama. Em revista no local, os policiais civis encontraram sobre o fogão a gás uma porção grande de entorpecente tipo “crack” que após pesada totalizou 66g. Ainda, próximo à cama foram localizados dois tabletes inteiros e um já aberto de maconha.

Na geladeira da residência foi encontrado mais um tablete parcialmente utilizado. Também foi localizado próximo a cama em uma sacola plástica, de cor branca, porções de maconha. A substância entorpecente tipo maconha apreendida, após devidamente pesada, totalizou 2,134 kg. Sobre a cama, ainda foram localizados documentos pessoais, (RG, Título de eleitor, Certificado de Dispensa Militar) cartões de crédito em nome de um indivíduo.

Enquanto os policiais civis se encontravam no interior da residência realizando as buscas, pode-se perceber a aproximação de quatro indivíduos, três destes carregando um aparelho de som e duas caixas, vindo de bicicleta junto com o morador da casa, L.R.I.

Nesse momento, os policiais realizaram a abordagem e revista dos indivíduos, identificando-os como L.R.I. (18) (morador da residência), V.O. (15), R.M.P (37), A.J.A.S (21). Com A.J.A.S foi encontrada uma porção de maconha, totalizando 21g (vinte e uma gramas), o qual afirmou que usava para seu consumo pessoal. Pode-se verificar também que V.O. , R.M.P , A.J.AS estavam se dirigindo até a “boca de fumo” de L.R.I, portando um aparelho de som com duas caixas acústicas para trocar por entorpecentes.

Ao serem questionados pelos policiais, apresentaram versões contraditórias e confusas, negando que estivessem ali para procederem a troca. Todavia, L.R.I. confirmou que estava exercendo a traficância no local, comercializava entorpecentes tipo maconha e “crack” e que a quantidade de droga encontrada era de sua propriedade. L.R.I. ainda confirmou que os documentos de L.V.P. permaneceram consigo, haja vista este ter uma dívida de drogas com aquele.

Ainda foram apreendidos R$ 29,00 sendo uma nota de R$ 20,00 uma de R$ 5,00 e duas de R$ 2,00. Todos foram encaminhados à esta Delegacia de Polícia de Caarapó para as providências cabíveis, juntamente com os objetos de origem lícita duvidosa e os entorpecentes.

Conforme ressaltou o delegado titular da unidade, Rodrigo Blonkowski, esse foi o resultado do serviço de inteligência da Polícia Civil, o qual sempre verifica todas as informações e denúncias repassadas pela população.

“A quantidade de entorpecentes apreendida é muito significativa. Sabido que cada grama de crack é suficiente para confeccionar três paradinhas. No caso em apreço, a quantia apreendida de crack (cerca 66 gramas em uma porção grandes e a quantidade dispensada por C.C.V.e trocada na respectiva boca no montante de 3,3 gramas), utilizando-se uma regra de três simples, pode-se concluir que é suficiente para no mínimo 208 porções (da chamada paradinha, ou seja, descartando-se a configuração apenas do uso de entorpecentes. No mesmo sentido, a quantidade de maconha, cerca de 2,2 kg. O autor foi preso em flagrante pela prática de tráfico de drogas e está à disposição da Justiça na Unidade de custódia de Caarapó”, observou.

(Com informações do delegado titular de Caarapó, Rodrigo Blonkowski)

Fonte: Caarapo News