PF deflagra operação contra cigarreiros com mandados em sete municípios do Estado

Operação Teçá, deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal, atua contra cigarreiros e cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Norte. No Estado, os alvos das organizações criminosas estão em sete municípios, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Amambai, Iguatemi, São Gabriel do Oeste e Rio Brilhante.

Dourados News apurou que 130 policiais federais atuam com apoio do Exército Brasileiro e da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. Há também equipes nas ruas de Maringá e Umuarama, no Paraná, e de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Expedidos pela 1ª Vara Federal de Naviraí, são cumpridos nesta manhã 40 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. A ação é voltada a desarticular organizações criminosas descritas como sofisticadas e envolvidas com o delito de contrabando, inclusive com cooptação de policial para auxiliar nas atividades delituosas.

Segundo a Polícia Federal, esses cigarreiros “possuíam significativa capacidade logística, a qual era utilizada principalmente para a introdução e o transporte de cigarros de origem estrangeira no Mato Grosso do Sul e Estados vizinhos com destino a outras localidades do País”.

Os federais citam investigação realizada entre os anos de 2018 e 2019 na qual houve apreensão de 155 veículos “utilizados para o transporte de cigarros de origem estrangeira”, bem como a prisão de 75 indivíduos “envolvidos em práticas ilícitas capitaneadas pelas Organizações Criminosas hoje desarticuladas”.

A corporação destaca uma grande apreensão ocorrida em 15 de junho de 2018 na cidade de Ivinhema, quando 11 carretas carregadas de cigarros de origem estrangeira foram apreendidas, nove motoristas presos em flagrante delito e interceptados 1 milhão de maços de cigarros, avaliados, conjuntamente com os veículos apreendidos, em R$ 10 milhões.

“No total da investigação, o valor das mercadorias ilícitas apreendidas nas ações é de aproximadamente R$ 144.000.000,00 (cento e quarenta e quatro milhões de reais)”, detalha a PF.

Ainda segundo os federais, o nome da Operação, “Teçá”, faz referência a “estado de atenção, vigilância”, no idioma guarani, “em razão da grande rede de olheiros, mateiros e batedores utilizados pelas Organizações Criminosas, os quais monitoravam diuturnamente as atividades dos órgãos de fiscalização”.