Pela 1ª vez deste 2009 bolsa fecha mês de maio no azul

Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,44%, a 97.030 pontos.

Painel na sede da B3, em São Paulo, Ibovespa, bolsa, Bovespa — Foto: Nacho Doce/Reuters

O principal indicador da bolsa paulista, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (31), último pregão do mês. Os investidores monitoraram o ritmo da tramitação da reforma da Previdência ao mesmo tempo em que há maior aversão a ativos de risco no exterior, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar na véspera que pretende impor tarifas sobre produtos mexicanos.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,44%, a 97.030 pontos. Veja mais cotações.

Apesar do recuo no dia, o indicador fechou o mês com alta acumulada de 0,7% – foi o primeiro maio positivo do Ibovespa desde 2009, quando o índice teve valorização de cerca de 12%.

Destaques

BRF teve queda de cerca de 4,52%, enquanto Marfrig subiu 0,74%, após empresas anunciarem na véspera o início de discussões para uma possível fusão, abrindo caminho para formar um dos maiores grupos de carne do mundo. A composição acionária pode deixar atuais acionistas da BRF com 84,98? nova empresa, enquanto os 15,02% restantes serão da Marfrig.

Petrobras caiu 2,15%, em linha com a forte queda nos preços do petróleo no exterior. A estatal confirmou na quinta-feira que o processo de desinvestimento nos campos de petróleo de Pampo e Enchova, no litoral do Rio de Janeiro, está em fase de apresentação de ofertas finais, mas não apontou em comunicado valores ou comprador.

Entre os principais bancos, Itaú teve queda de 0,13%, enquanto Bradesco subiu 0,31%. Na véspera, o Itaú Unibanco informou que seu conselho de administração aprovou um novo programa de recompra que pode envolver até 90 milhões de ações. Esse total pode envolver até 15 milhões de ações ordinárias e até 75 milhões de papéis preferenciais. O prazo do programa começa nesta sexta-feira e vai até 30 de novembro de 2020.

Vale teve queda de 2,02%, refletindo a queda dos preços do minério de ferro na China, causada por preocupação de investidores com uma sobre-oferta do produto.

Frágil, consumo das famílias ajuda a sustentar PIB no 1º trimestre

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Cenário externo e local

Os mercados no exterior encerraram em queda em meio a preocupações sobre a saúde da economia global, após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar na véspera a imposição de tarifa de 5% sobre as importações do México. A medida tem como objetivo forçar uma redução no número de imigrantes ilegais, que entram nos EUA via fronteira com o México.

“Tem muita incerteza envolvendo essa medida (de imposição de tarifas) dos EUA e é inevitável que isso respingue aqui, mas os investidores estão mais de olho no cenário doméstico”, afirmou o estrategista-chefe, Rafael Bevilacqua, da consultoria Levante, acrescentando que a visão de que as pautas econômicas estão andando, especialmente a da Previdência, anima o mercado.

O acordo firmado no início da semana entre o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes das Casas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) em torno de projetos considerados importantes pelo governo para retomada do crescimento sustentou o ânimo dos investidores nas últimas sessões.

Fonte: G 1