Mãe de jovem de 23 anos morta por Covid diz que doença paralisou corpo da filha: ‘Pulmão estava esfarelando’

Moradora de São José do Rio Preto (SP), Solange Cristina Ferreira, de 41 anos, viu a filha perder a batalha para o novo coronavírus em agosto do ano passado. Lauane Cristina Ferreira de Moraes ficou 48 dias internada no Hospital de Base.

A voz embargada ao telefone durante entrevista ao G1 resume um pouco do drama que a auxiliar de limpeza Solange Cristina Ferreira, de 41 anos, vivenciou durante a pandemia de Covid-19.

Moradora de São José do Rio Preto (SP), Solange viu a filha Lauane Cristina Ferreira de Moraes, de 23 anos, morrer por complicações provocadas pelo novo coronavírus.

“A doença foi paralisando o corpo todo dela. Os médicos me diziam que o pulmão dela estava esfarelando e ficando como uma bucha de lavar louças. Foi um choque muito grande quando recebi a notícia da morte da minha filha. Ela não tinha nenhuma comorbidade. Era totalmente saudável”, desabafa.

A auxiliar de limpeza conta que Lauane morou um ano e três meses em Londres. No entanto, decidiu voltar para o Brasil em 3 de junho. Dez dias depois de chegar ao município do interior de São Paulo, a jovem começou a apresentar sintomas associados à Covid-19 e resolveu procurar ajuda.

“Ela fez exames. O resultado apontou que ela estava com as plaquetas baixas. Então, minha filha foi ao médico, que falou que era dengue. Quando o plantão foi trocado, outro médico disse que minha filha poderia estar com Covid-19, mas marcaram o exame para dias depois”, relata.

Rio Preto atingiu, na manhã de quinta-feira (21), a marca de 1.002 mortes provocadas pelo novo coronavírus, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde

.A cidade, considerada a maior da região noroeste paulista, com mais de 460 mil habitantes, registrou o primeiro óbito provocado pela Covid-19 em quatro de abril

G1.