Hepatite A: como se proteger da doença

Hepatite A: como se proteger da doença

Surto colocou quatro pessoas na fila de emergência para transplante de fígado e causou duas mortes; ao todo, 155 pessoas foram hospitalizadas.
Vírus de hepatite A

De janeiro a outubro deste ano, os casos de hepatite A aumentaram 960% na cidade de São Paulo (Crédito: Alain Grillet-Sanofi Pasteur)
A cidade de São Paulo vive um surto de hepatite A. De janeiro a outubro deste ano, houve um aumento de 960% no número de casos confirmados da doença, se comparado com o mesmo período de 2016.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até 28 de outubro, foram registrados 604 casos, enquanto no mesmo período do ano passado foram reportados apenas 57.
A doença infecciosa, causada pelo vírus VHA, desenvolve um processo inflamatório no fígado.
O surto já causou duas mortes e colocou quatro pessoas na fila de emergência para transplante. Ao todo, 155 pessoas foram hospitalizadas.
A disparada da hepatite A na capital paulista vem sendo atribuída principalmente à prática de sexo oral e anal sem proteção, além da ingestão de alimentos e água contaminados.
A maioria das ocorrências foi registrada entre homens de 18 a 39 anos – grupo que responde por 80% das contaminações.
Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), pelo menos 45% dos casos foram transmitidos por meio de relações sexuais sem proteção. Outros 10% se deram pela ingestão de alimentos e líquidos contaminados. A forma de contágio dos 45% restantes ainda está sendo investigada.
“A hepatite A é uma doença febril, aguda, viral, de transmissão fecal-oral, que ocorre em locais com baixa qualidade de saneamento básico e condições precárias de higiene”, explica a médica Geraldine Madalosso, coordenadora da área técnica de doenças transmitidas por alimentos da Covisa.
Gráfico de casos de hepatite em SP
“É muito comum em crianças, mas os números são geralmente baixos. Em locais com melhores condições de saneamento e higiene, ela se desloca para o grupo adulto”, acrescenta.
Como se proteger
A hepatite A não tem tratamento específico – os medicamentos disponíveis hoje se dirigem apenas aos sintomas da doença. Geralmente, o organismo é capaz de lutar contra o vírus sozinho e, nesses casos, ganha imunidade permanente.

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Porém, em cerca de 1% dos casos, a doença pode evoluir para quadros graves, como a hepatite fulminante, que pode levar à morte.
Apesar de a hepatite A não ter cura, há formas de preveni-la. Especialistas ouvidos pela BBC Brasil compartilham algumas recomendações para evitar a doença:
1 – Verifique a procedência de líquidos e alimentos
A transmissão da hepatite A é oral-fecal. Sendo assim, a ingestão de alimentos e líquidos contaminados por resíduos de coliformes fecais é uma das formas mais comuns de se contrair a doença.
Por isso, preze pelo consumo de comidas e bebidas de estabelecimentos que tenham condições de higiene aprovadas por órgãos sanitários. Esse cuidado é fundamental para evitar a exposição ao vírus.
Na hora de beber água, escolha sempre a opção potável.
“Na prevenção, é importante a higienização dos alimentos, evitar o consumo de itens crus ou mal cozidos e não consumir produtos de origem duvidosa”, afirma Madalosso.
2) Lave sempre as mãos
Como o vírus da hepatite A está presente nas fezes, outra recomendação importante é higienizar corretamente as mãos após ir ao banheiro.
“Se a pessoa está doente, ela tem que redobrar os cuidados com essa higiene, porque, se não lavar as mãos corretamente, pode contaminar familiares na hora de cozinhar os alimentos, por exemplo”, afirma o professor Paulo Abrão, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), membro do Comitê Científico de Hepatites Virais da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Além disso, melhorias no sistema de saneamento básico também são essenciais para evitar a contaminação.
3) Vacine-se
Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente vacina contra hepatite A para crianças de até cinco anos. Grupos considerados de risco – como pessoas com doenças imunossupressoras, como hepatite B e C, e portadoras de HIV – também têm direito à vacina.
“Com a vacinação, a pessoa ganha o anticorpo contra a doença e deixa de ser suscetível. É assim com outras doenças virais, como o sarampo, rubéola e a caxumba”, explica José Cerbino Neto, chefe do laboratório de pesquisa em imunização e vigilância em saúde do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Gráfico de vacinas contra hepatite A

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