Filha e genro mandaram executar fazendeiro; esposa também era alvo

O genro e a própria filha foram os mandantes da execução do fazendeiro Paulo Sérgio de Freitas Miranda, de 57 anos, atacado por dois pistoleiros na propriedade rural dele, no município de Naviraí, na região Sul do Estado. Além dele a sua esposa também alvo do ataque, ocorrido no dia 23 de setembro. A constatação é da Polícia Civil, que indiciou outros quatro envolvidos no crime. Segundo o site Campo Grande News, um dos pistoleiros, que inclusive aparece nas câmeras de segurança que flagraram o ataque, morreu em troca de tiros com policiais militares nesta quinta-feira, dia 18 de novembro, em Palotina, no Paraná, após ter roubado uma caminhonete Toyota Hilux.

Batizada de Indignus Heres a operação que revelou toda a trama do assassinato do fazendeiro envolveu policiais civis de Naviraí, Mundo Novo, Eldorado e até do Paraná e Santa Catarina. Nos primeiros dias após o ataque, os investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Naviraí apuraram o possível envolvimento do genro, da filha mais velha da vítima e até um primo do genro da vítima no crime. Ambos não tiveram as identidades divulgadas.

Conforme apurado a filha de Paulo e o seu esposo, não tinham mais contato com o fazendeiro, devido a um desentendimento familiar a respeito de um suposto abuso, que segue sendo investigado pela Polícia Civil da cidade de Guaíra, na Paraná. As terras onde o casal vivia estavam no nome de Paulo Sérgio, e ainda segundo a polícia, filha e genro passavam por problemas financeiros o que também pode ter contribuído na decisão de mandar matar o produtor rural.

Um dia depois do crime os policiais descobriram que o veículo Monza utilizado no ataque, havia passado por reparos numa oficina na cidade de Guaíra, e que a pessoa que teria solicitado os reparos era um primo do genro da vítima. Também no Paraná, na cidade de Palotina os policiais civis conseguiram identificar um dos pistoleiros contratados para realizar o crime.

Descobriram, inclusive, a residência onde os criminosos se esconderam após a execução, bem como identificaram o motorista que deu fuga aos assassinos, e o veículo usado. Diante das informações, no dia 8 de outubro, durante a primeira fase da operação foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade paranaense.

Segundo a Polícia Civil o genro da vítima, seu primo e um dos pistoleiros, mantinham contato telefônico antes, durante e dias após o crime. O primo do suspeito, chegou a ligar para o genro da vítima enquanto ele estava no hospital de Naviraí, aguardando notícias do sogro. Também foi apurado que um dos pistoleiros manteve contato com o genro da vítima, dois dias após o crime.