FAO e NDB planejam acordo para cumprir objetivo sustentável

Reunião entre líderes ocorreu nesta quarta-feira (31) em Xangai

Na primeira parceria do gênero, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) devem aumentar seus esforços conjuntos para ajudar os países a alcançar o Desenvolvimento Sustentável, com atenção especial à proteção dos recursos hídricos e do solo.

A informação foi anunciada nesta quarta-feira (31) durante reunião em Xangai, na China, entre o presidente do NDB, KV Kamath, e o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, que se encontraram para a preparação de um acordo formal que deverá ser finalizado em breve.

A parceria pode marcar a primeira cooperação desse tipo entre o NDB e uma agência da Organização das Nações Unidas.

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De acordo com Graziano da Silva, serão necessários recursos incrementais de até US$ 265 bilhões por ano para acabar com a pobreza e a fome até 2030 – dois dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) acordados pela comunidade internacional.

“Ainda faltam 12 anos, mas para chegar ao ODS a tempo é necessário financiamento consistente e comprometido. A agricultura e a alimentação, água e saneamento, energia e infraestrutura de transporte podem e devem contribuir enormemente. É por isso que a FAO está satisfeita. Hoje, vamos unir forças com o Novo Banco de Desenvolvimento, para que juntos possamos aproveitar nossas forças combinadas e entregar resultados tangíveis para os países que apoiamos”, disse o diretor-geral da FAO.

Por sua vez, o presidente do NDB afirmou que “o fortalecimento da colaboração entre o NDB e a FAO é um passo importante para alinhar as atividades de nossas instituições em apoio aos esforços de desenvolvimento de nossos países membros”.

Por meio do acordo, a FAO e o NBD pretendem desenvolver e implementar programas e projetos conjuntos em alimentos e agricultura e infraestrutura rural, inclusive em água e irrigação; uso sustentável da terra; manejo do solo; e na luta contra a desertificação.

As atividades ainda podem incluir o compartilhamento de conhecimento e experiência e a promoção de soluções inovadoras, bem como pesquisa conjunta e cooperação técnica. (ANSA)