Falta de alimento para animais é iminente

Negócios estão praticamente inexistentes no mercado do milho
De acordo com informações da T&F Consultoria Agroeconômica, os negócios estão praticamente inexistentes no mercado do milho. Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, nem mesmo a intenção de pagar valores significativamente maiores pelas cargas é suficiente para destravar os negócios, visto que os compradores querem garantia de entrega.

Assim, as negociações ficam restritas ao imediatamente disponível (diferido) e curtas distâncias: “O cenário é preocupante. Granjas e Confinamentos tentam de qualquer maneira receber seus lotes de milho tributado, mas com pouca efetividade. Boa parte destes, inclusive, já está com baixo nível de estoques e a falta de alimento para os animais é iminente”.

Pacheco ressalta que as indústrias esmagadoras estão um pouco mais confortáveis, embora os prejuízos de inatividade (custo fixo) não sejam desejados: “De maneira geral, Intermediários e Silos também estão descasados (sem fixação/originação) e o fato restringe ainda mais a disponibilidade de grãos dentro do estado”.

“As indicações de porto para os grãos (milho e soja) estão mantidas, embora as filas para embarque também sejam quilométricas. Em Santos e Paranaguá, as referências estão no intervalo de R$ 41,50 – 42,50/sc para agosto e setembro e a estabilidade recente da taxa de câmbio favorece”, diz o especialista.

Quanto o clima, os modelos de previsão apontam chances de geadas decrescentes no Sul e Sudeste a partir de hoje. O clima mais frio também perde intensidade e a estiagem no Brasil Central só deve ser interrompida em 31/5 (por um pequeno volume de chuvas).

Fonte: Agrolink