Em meio a tiroteio, Lula e Marina lideram a corrida presidencial

Em meio a tiroteio, Lula e Marina lideram a corrida presidencial
Pesquisa
Pesquisa Datafolha divulgada no sábado pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” mostra os percentuais de intenção de voto em quatro simulações da corrida presidencial de 2018. O levantamento, realizado nos dias 7 e 8 apontam que o ex-presidente Lula, apesar da enxurrada de acusações que sofrem ele e seu partido, o PT, ainda lidera as intenções de voto para a sucessão residencial, em 2018. Foram ouvidos com 2.779 entrevistados em 170 municípios.
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Cenário 1
No primeiro cenário, com o senador Aécio Neves (PSDB) na disputa, Lula venceria hoje com 21%; Marina Silva (Rede) viria em segundo, com 19% e Aécio Neves em terceiro com 17%. Depois vêm Jair Bolsonaro (PSC), 8%; Ciro Gomes (PDT), 7%; Luciana Genro (PSOL), 2%; Michel Temer (PMDB), 2%; Eduardo Jorge (PV), 1%; e Ronaldo Caiado (DEM), 1%. Branco/nulo somaram 17% e Não sabe, 5%. Na pesquisa anterior, divulgada em março, Marina tinha 21% dos votos, Aécio, 19%, e Lula, 17%.
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Cenário 2
No segundo cenário, com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin no lugar de Aécio, Marina Silva ponteia com 23%; Lula vem colado, com 22%. Alckmin (PSDB), aparece com 9%; Ciro Gomes, 8%; Jair Bolsonaro, 8%; Luciana Genro, 2%; Michel Temer, 2%; Eduardo Jorge, 1%; e Ronaldo Caiado, 1%. Branco/nulo, 18% e Não sabe, 6%. Nesse cenário, na pesquisa anterior, Marina aparecia com 23%, Lula com 17% e Alckmin, 11%.
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Cenário 3
Já no cenário, com José Serra representando o PSDB, Marina Silva (Rede)e Lula (PT) aparecem empatados, com 22% das intenções. Serra tem 11%; Jair Bolsonaro, 7%; Ciro Gomes, 7%; Luciana Genro, 2%; Michel Temer, 2%; Eduardo Jorge, 1%; e Ronaldo Caiado também 1%. Branco/nulo somam 18% e Não sabe, 6%. Em março, nesse cenário, Marina tinha 24%, Lula, 17% e Serra, 13%.
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Cenário 4
Em um quarto cenário, com os três possíveis candidatos tucanos juntos e a inclusão do juiz Sergio Moro (sem partido), Lula lidera com 21%; Marina Silva vem em segundo, com 16%; Aécio Neves, 12%; Sérgio Moro, 8%; Jair Bolsonaro, 6%; Ciro Gomes (PDT), 6%; José Serra, 5%; Geraldo Alckmin, 5%; Luciana Genro, 2%; Eduardo Jorge, 1%; Ronaldo Caiado, 1% e Michel Temer, 1%. Neste cenário com três candidatos tucanos, em março, os três primeiros colocados eram Marina e Lula, com 17% cada, e Aécio, com 14%.
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Voz do povo
Outra pesquisa Datafolha revela também (e não é novidade) que a maioria da população defende a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice Michel Temer (PMDB), seja por impeachment, seja por renúncia. Conforme divulgou a ‘Folha’, ontem, “61% defendem impeachment de Dilma, e 58%, o de Temer”.
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Respiro
Segundo ainda os números da pesquisa, a presidente teve ligeira melhora. Na última pesquisa, logo após as grandes manifestações e a divulgação do seu diálogo sobre o termo de posse com o ex-presidente Lula, 68% haviam defendido o impeachment. Agora, subiu de 27% para 33% os que são contra o impedimento.
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Cunha
Quanto à situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 77% são favoráveis à sua cassação; 64% apoiam o trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, e 13% o desaprovam.
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Impeachment
A comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff começa hoje a série de reuniões para votar o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à continuidade do processo de afastamento. Independentemente do resultado na comissão, seja contra ou a favor da presidente, o caso vai, depois, ao plenário da Câmara dos Deputados.
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Uma semana
No plenário, a data de análise do processo de impeachment pelo plenário da Câmara ainda não foi definida, mas a previsão é que a discussão seja iniciada na sexta-feira (15) e que a votação ocorra no domingo (17). Cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá direito a uma hora de pronunciamento no plenário.
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Na Câmara
No plenário, o processo de impeachment é aberto se dois terços (342) dos 513 deputados votarem a favor. Se for aberto o processo de impeachment, o processo segue para análise do Senado.
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No Senado
No Senado, a sessão que decide sobre o impeachment é presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Se for aprovado por maioria simples, Dilma é obrigada a se afastar por até 180 dias até a decisão final. O impeachment só é aprovado se dois terços (54) dos 81 senadores votarem a favor. Se absolvida no Senado, a presidente reassume o mandato imediatamente; se condenada, é automaticamente destituída, e o vice-presidente é empossado.