Dólar fecha em queda após eleições no Congresso

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (2), ampliando as perdas registradas no dia anterior depois que Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) venceram as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, elevando as perspectivas de retomada da agenda de reformas do governo de Jair Bolsonaro.

A moeda norte-americana recuou 1,73%, vendida a R$ 5,3543.

Na segunda-feira, o dólar recuou 0,40%, a R$ 5,4488. Na parcial da semana, a moeda norte-americana tem queda de 2,12%. No ano, no entanto, acumula alta de 3,22% no ano.

Cenário

Na Câmara dos Deputados, Lira, candidato apoiado pelo governo, foi eleito com larga vantagem em primeiro turno, dando fôlego ao governo para tocar sua pauta prioritária e ainda alguma garantia diante dos cerca de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Ao assumir, ele defendeu uma pauta emergencial, atenção à responsabilidade fiscal e à questão social.

Ao prometer união, Lira agradeceu seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP), mas em seguida destituiu o bloco que havia dado sustentação ao emedebista, alegando que seu registro ocorreu após o prazo limite predeterminado, atitude que pegou de surpresa boa parte do plenário e pode acirrar os ânimos na Casa.

No Senado, Rodrigo Pacheco — em seu primeiro mandato na Casa — também foi eleito com amplo apoio político. Ele prometeu um esforço para conduzir pautas de interesse do Poder Executivo, mas ressalvou que exigirá uma atuação independente e que também buscará diálogo com as demais instituições.

No exterior, o dia foi de otimismo nos mercados, em meio à esperança de mais estímulos para a economia dos Estados Unidos. Os investidores aguardavam negociações desta terça entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e senadores republicanos sobre um novo projeto de lei de apoio em resposta à Covid-19.

Mais cedo, a Eurostat, agência oficial de estatísticas europeia, informou que o PIB da zona do euro recuou menos que o esperado no quarto trimestre de 2020 (0,7%), e o bloco fechou o ano com uma contração de 6,8%. G1