Dólar fecha a R$ 4,21 e atinge novo recorde nominal histórico

A moeda norte-americana subiu 0,5%, a R$ 4,2129; no ano, o avanço até agora é de 8,74%.

Por G1

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (25) e atingiu o maior valor nominal da história sobre o real. A moeda norte-americana subiu 0,5%, a R$ 4,2129. Veja mais cotações. Já o dólar turismo terminou o dia vendido perto de R$ 4,40 – sem considerar os impostos.Variação do dólar em 2019Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamentoEm R$Dólar comercialDólar turismo (sem IOF)28/1211/123/15/215/227/213/325/34/416/429/410/522/53/613/626/68/719/731/712/822/83/913/925/97/1017/1029/108/1122/113,63,844,24,44,63/7
● Dólar comercial: 3,8251
Fonte: ValorPro

Em novembro, o dólar acumula alta de 5,07% sobre o real. No ano, o avanço até agora é de 8,74%.

O recorde anterior de fechamento do dólar sobre o real havia sido atingido na semana anterior. No dia 18 de novembro, a moeda norte-americana subiu 0,32%, encerrando o dia a R$ 4,206.

Guerra comercial

O dia for marcado novamente por expectativas dos investidores sobre as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, com o mercado em busca de sinalizações sobre um possível acordo para colocar fim à guerra comercial que se arrasta desde o começo de 2018.

Nesta madrugada, um veículo estatal chinês informou que os dois países estão próximos de um acordo. Mas, mesmo assim, muitos agentes continuam cautelosos com a demora no acerto dos ajustes. Em outubro, após reunião na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia afirmado que a fase 1 do acordo seria assinada ainda em novembro.

Saída de dólares do Brasil

Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

Internamente, repercutiu no mercado também o déficit de US$ 7,9 bilhões nas transações correntes em outubro, maior que os US$ 5,8 bilhões projetados pelo Banco Central (BC). Os dados voltam a chamar atenção para a saída de divisas do país, movimento que enfraquece o câmbio.

“(As notícias otimistas sobre o comércio) deveriam gerar um movimento de queda do dólar no Brasil, mas aí saíram esses dados sobre conta corrente abaixo do esperado”, explicou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, à Reuters.

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BC mantém estratégia

Mesmo com o dólar em torno de recordes históricos, o Banco Central tem mantido a estratégia de intervenção no câmbio já em curso. O BC vendeu todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020. Mais cedo, o BC não havia aceitado propostas em leilão de dólar à vista e de swap cambial reverso.

Também nesta segunda, o BC fez a rolagem integral de US$ 1,5 bilhão em linha de moeda com compromisso de recompra, volume que até então precisaria voltar ao BC no começo de dezembro.