‘Dinheiro na mão de rico fica parado no banco’, diz Lula em artigo

Ex-presidente escreveu para três jornais nordestinos neste domingo (29)
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

POLÍTICA ECONOMIA

Em artigo publicado em três jornais nordestinos – Jornal do Commercio (PE), A Tarde (BA) e O Povo (CE) -, neste domingo (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a importância de movimentar a economia para o país recuperar a capacidade de investimento. “Dinheiro na mão de rico fica parado no banco. Dinheiro na mão de pobre, movimenta a economia”, escreveu.

Lula está preso desde o dia 7 de abril, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), condenado a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá (SP).

No texto, o petista voltou a criticar o governo do presidente Michel Temer. “O governo atual reduz investimentos, gerando pobreza, desemprego e aumento nos custos da energia. A indústria e o comércio demitem. Dizem que a inflação está baixa, mas os pobres sofrem com o aumento do gás de cozinha e a classe média com o aumento na gasolina e nos planos de saúde. E é claro que a relação dívida/PIB piora, porque o PIB não cresce”, afirmou.

+ Cabral recorre a Temer para conseguir ser transferido de Bangu

A reforma trabalhista também foi atacada por Lula. “A reforma trabalhista conduz a empregos de pior qualidade, reduz a segurança do trabalhador, corta direitos. A reforma também vai dificultar a qualificação da mão-de-obra em um momento em que há cada vez mais tecnologia em qualquer setor da sociedade”, escreveu.

Ele ainda falou sobre as próximas eleições, que considera “fundamentais para definir o caminho do país”. “No meu governo, o povo parcelava a compra do carro e da casa própria. Agora, com Temer e o PSDB, parcela para encher o tanque de gasolina ou comprar um botijão de gás”, ironizou.

Lula é pré-candidato do PT à Presidência da República mas, por ter sido condenado em segunda instância, foi enquadrado na lei da Ficha Limpa e sua candidatura dependerá da Justiça Eleitoral.