Coronômetro: saiba quais os riscos de contaminação nas atividades diárias

Desde o começo da pandemia, Mato Grosso do Sul tem se mantido entre os estados com menor índice de isolamento social. Na última sexta-feira (24), apenas 37,1% dos sul-mato-grossenses ficaram em casa, de acordo com levantamento da In Loco. Assim, é importante saber quais os ricos de contaminação do coronavírus em atividades que podem estar no dia a dia de muitas pessoas.

A lista de atividades e grau de infecção que elas podem gerar foi criada a pedido do portal Extra, que consultou um grupo de infectologistas. Além de classificarem o risco de contaminação nas atividades, especialistas informaram formas de diminuir as chances de contrair a Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Foram consultados especialistas do Grupo Iron, Grupo Fleury e dos laboratórios Sérgio Franco. Porém, o membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, adiantou que enquanto não houver vacina e controle da disseminação do coronavírus, será preciso manter medidas básicas. “Para qualquer atividade, deverão ser mantidas as recomendações de distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos, com água e sabão ou álcool em gel”, recomendou.

Atividades ao ar livre – Risco baixo

Nas práticas esportivas ao ar livre, a probabilidade de contaminação tende a ser menor em ambientes com número de pessoas reduzido. Ou seja, sair para praticar atividades ao ar livre possui risco baixo em esportes individuais. Para garantir menor chance de contaminação, escolha horários e locais com menos circulação de pessoas, além disso, os infectologistas indicam que a atividade seja praticada com o uso de máscaras de proteção.

Visitar alguém ou receber visitas – Risco médio

Quando você pratica esta atividade, os infectologistas alertam que o risco de infecção é médio. Mesmo que reduzido, por pessoas que estão em isolamento social nas próprias casas e pontualmente fazem visitas, as chances de contaminação existem. Quanto maior o número de pessoas envolvidas, maior será o risco de infecção. Mas você precisa muito ver alguém? Especialistas indicam que nestes casos seja feito o uso de máscaras por todos e que não haja contato físico, sempre mantendo o distanciamento recomendado, de pelo menos 1,5 metros.

Ir a lojas e supermercados – Risco médio

De acordo com os infectologistas, o risco de sair às compras se dá pelo fato de que podem acontecer aglomerações nos estabelecimentos. Por isso reforçam que é importante saber se o estabelecimento controla a quantidade de pessoas que entra no local e fazer uso das máscaras para manter o risco mediano. Além disso, para se evitar o tempo no local, especialistas indicam que as pessoas façam uma lista com os itens que precisam.

Salão de beleza e barbearias – Risco médio

Aqui a preocupação é maior, pois os especialistas afirmam o risco de contaminação que poderá ser de médio a alto. Tudo depende da ventilação e forma de atendimento do local. Os riscos são mais baixos para situações em que cliente e funcionário utilizam máscaras. Para diminuir as chances de infecção, é recomendado frequentar apenas estabelecimentos que atendam com hora marcada.

Ir ao médico – Risco médio

O risco aqui se dá dependendo do tempo de permanência do paciente, devido ao ambiente fechado do consultório. Máscaras e higienização correta devem ser adotadas pelos médicos e pacientes. Para minimizar as chances de contaminação, especialistas indicam que a espera seja feita em um local com poucas pessoas.

Refeições na casa de outras pessoas – Risco alto

Seja um simples almoço, um churrasco ou uma comemoração de aniversário, estas situações foram indicadas com alto risco de contaminação do coronavírus. Se alimentar com pouca distância entre outras pessoas aumenta as chances de contaminação devido a quantidade de gotículas saem da boca durante uma refeição. Apesar de não serem atividades indicadas, os especialistas recomendam que usar máscaras para preparar e servir a comida ajudam. Em festas e comemorações, é importante calcular um convidado para cada quatro metros quadrados.

Ir a bares e restaurantes fechados – Risco alto

Aqui acontecem os mesmos cenários das refeições e ainda mais, pois nos bares existe um contato prolongado com pessoas a curta distância. Além disso, o uso de álcool foi apontado como um fator para descuidos nos cuidados necessários de enfrentamento a pandemia. Para estas atividades, a recomendação é escolher sempre locais que possuam espaço aberto, manter a distância das pessoas ao beber e comer algo e principalmente, retirar as máscaras apenas para consumir algo.

Ir a academia – Risco alto

As academias são ambientes fechados, em que pessoas produzem uma grande quantidade de gotículas. Por isso, o risco de contaminação é alto. De acordo com os infectologistas, o risco só diminui caso as pessoas façam higienização adequada do próprio corpo e também dos aparelhos. O uso de máscaras é essencial.

Ir a escola – Risco alto

O risco nesta atividade é alto, pois os alunos ficam por um grande período reunidos em ambiente fechado e em contato prolongado com superfícies. Para minimizar as chances de contaminação, seria necessária a redução de alunos por sala, distanciamento e a educação das crianças e adolescentes para uso das máscaras de forma correta.

Trabalhar presencialmente – Risco alto

Embora esteja classificado como alto, os especialistas afirmam que o risco depende do ambiente, a quantidade de pessoas trabalhando juntas e se estão praticando higienização correta e fazendo uso de máscaras. Além disto, existe o contato com superfícies como cadeira, mesas, computadores e outros. Para quem precisa trabalhar presencial, os infectologistas indicaram a troca de máscaras a cada duas horas, para minimizar os riscos de contaminação.

Participar de reuniões religiosas – Risco alto

Nesta situação, não só o risco é alto, como os especialistas acreditam que podem chegar ao nível de muito alto. Isto porque varia do ambiente ser fechado ou aberto, a quantidade de pessoas no local, e como a cerimônia é realizada. Para quem for praticar este tipo de atividade, eles indicam que não cantem ou falem muito alto. Além disto, o básico é indicado: uso de máscaras, distanciamento social e sem contato físico.

Uso de transporte coletivo – Risco alto

Conhecidos pela lotação, transportes coletivos são locais de alto risco de contaminação de coronavírus. Neste cenário de atividade rotineira temos contato com superfícies compartilhadas e o tempo de permanência como fatores de agravamento. Então, se possível, infectologistas indicam o uso de luvas descartáveis dentro do transporte e que o toque na região do rosto seja evitado. Máscaras são essenciais para diminuir o risco de infecção. MIDIAMAX