Com colheita da soja no fim, MS projeta produção de 11,2 milhões de toneladas

A colheita da soja está praticamente finalizada em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), o levantamento mais recente apurou que até o dia 2 de abril as máquinas avançaram por aproximadamente 97,1% da área plantada. 

Isso equivale a 3,427 milhões dos 3,529 milhões de hectares cultivados com o grão em território estadual. Até agora, a produtividade continua estimada em 53 sacas por hectare e a produção projetada pelo agronegócio sul-mato-grossense é de 11,222 milhões de toneladas.

Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural divulgado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) do Estado. A publicação pontua que a colheita praticamente encerrada no Estado e as áreas que estão sendo colhidas nesta semana foram semeadas do mês de dezembro de 2020.

A partir de contatos com empresas de assistência técnica, produtores e sindicatos rurais, bem como empresas privadas dos principais municípios produtores, os técnicos do Siga-MS indica que o setor está bastante otimista e satisfeito com a safra. 

“As condições das lavouras foram melhores que na safra passada, pois aparentemente houve menor dano de pragas e doenças nas lavouras. A expectativa que a produtividade seja superior da média estadual estimada”, informa. 

Caso as projeções atuais cresçam, Mato Grosso do Sul pode bater recorde histórico de produção de soja. Isso porque no acompanhamento feito desde a safra 2013/14, o ciclo de números mais expressivos foi 2019/20, quando foram colhidas 11,325 milhões de toneladas, com média de 55,7 sacas por hectare.

Nesse período acompanhado pelo Siga-MS, a produtividade só foi maior nas safras 2016/17 (56,1 sacas por hectare) e de 2017/18 (59,17 sacas por hectare). Porém, os volumes produzidos alcançaram 8,533 milhões de toneladas e 9,590 milhões de toneladas respectivamente.

Mercado 

Sobre o mercado da soja, o boletim Casa Rural cita levantamento feito pela Granos Corretora, segundo o qual até segunda-feira (5) foram comercializados 68,5% da safra 2020/21.

Embora o preço médio da saca de 60 quilos da oleaginosa tenha ficado em R$ 152,94 no mês de março, alta de 91,61% no comparativo com igual período do ano anterior, a Aprosoja ressalta que “esse valor não significa que o produtor realizou ou esteja realizando negociações neste preço”. 

A entidade justifica que “isso ocorre devido à intensa exportação de soja brasileira e sul mato-grossense no período, de forma que praticamente não existe soja a ser comercializada até a colheita da safra de soja 2020/2021”.