ARTIGO: FAZENDEIRO NÃO É BANDIDO!

Juiz que atua no interior de São Paulo escreve artigo que muito ruralista vai concordar em gênero, número e grau.

Setores da burocracia estatal e da grande imprensa, influenciados, em grande parte, por agências de governos e ONGs internacionais, tratam os produtores rurais brasileiros como criminosos. Para eles, fazendeiros, sitiantes e arrendatários usam as terras para praticar o mal, destruindo o meio ambiente ou usurpando florestas que seriam patrimônio do mundo, não do Brasil.

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O SETOR AGRÍCOLA FOI O QUE MAIS AVANÇOU EM PRODUTIVIDADE E TECNOLOGIA

Nos últimos 25 anos, a produção agrícola e pecuária brasileira se multiplicou, utilizando, para isso, míseros dez por cento a mais de terra virgem. Ou seja, o setor agrícola foi o que mais avançou em produtividade e tecnologia, com pouco avanço sobre novas áreas rurais. Todavia, quanto mais o empresário rural investe em tecnologia e produtividade, mais põe a sua propriedade em risco, já que aumentam as exigências. Torna-se, assim, uma categoria vítima de sua própria eficiência.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos EUA
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos EUA – Foto: Pixabay – CC
Interessante notar que ninguém define o dano ao meio ambiente causado pelas cidades, ou qual deve ser a produtividade de uma planta industrial urbana. Mas o proprietário rural é tratado, a princípio, como réu na questão do meio ambiente e como inepto na produtividade agrícola. Só para lembrar: os economistas apontam o agronegócio como o maior responsável pela elevação da riqueza nacional nos últimos anos e esteio permanente da balança comercial.

Recentemente, estive na Califórnia e observei que, lá, eles acabaram com rios, nascentes, etc. Sobrou pouca coisa. Vi que usam qualquer pedaço mínimo de terra para plantar, com extrema voracidade. Mas o que eles são bons mesmos, pude notar melhor, é criminalizar os outros na questão ambiental. E esse discurso é absorvido aqui, no Brasil, como uma espécie de cultura chique, superior. No fundo, o Brasil vem entregando sua soberania a partir de uma pregação protecionista de quem nunca fez e não faz a sua parte.

Brasil precisa de uma política de valorização do produtor rural
Conversando, lá nos EUA, com um fazendeiro australiano, dele ouvi que o Brasil é “um perigo”, no sentido de que, sozinho, tem potencial para alimentar o mundo e ditar o preço mundial de várias “commodities”, mercadorias agrícolas. Mas, esse controle econômico está nas mãos de quem cria e difunde o discurso de que, aqui, fazendeiro é um fora-da-lei.

Quem é Evandro Pelarin

Evandro Pelarin é juiz na Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto – SP

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