Acadêmicos da Universidade San Sebastian realizam ação social na fronteira

O objetivo da ação foi atender parte de uma comunidade carente de Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã-MS
Foto: Tião Prado (Pontaporainforma)
Os acadêmicos da Universidade de Medicina San Sebastian (UASS), desenvolveram na manhã de sábado, 21 de maio, uma ação social em prol as pessoas carentes que trabalham e vivem no lixão da cidade de Pedro Juan Caballero, Paraguai, fronteira com Ponta Porã-MS.
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Estes acadêmicos cursam do primeiro ao quinto semestre e fazem parte do projeto ‘nosotros suemos la cidad’, que está sendo desenvolvido pelos alunos Joseyvania Nascimento que é de Fortaleza – Ceará, enfermeira formada no Brasil e está cursando medicina e conta com o apoio primordial de seu esposo Diego do Nascimento, que também esta cursando medicina.
Durante a ação social que reuniu a maioria dos alunos da UASS foram distribuídos marmitex com alimentação e cobertores para as pessoas se protegerem do frio que nessa época do ano é muito rigoroso na fronteira.
Para desenvolver o projeto os alunos buscaram e conseguiram apoio do Grupo Nautilos (Pneus Porã, Nacional Pneus e Impex), Supermercado Sol, Supermercado Espindola, Supermercado Bom Gosto, Ângela Toumani e Linda Toumani Rafati.
A reportagem do site Pontaporainforma esteve presente no momento em que estava sendo desenvolvido a ação e conversou com alguns moradores do local para obter maiores informações sobre as condições de vida dessas pessoas, como vivem, qual a renda e como são composta as famílias.
Uma informação importante é a questão social, sendo que no momento 80 famílias moram no entorno do lixão em terrenos de 10 por 20 doados pela prefeitura Municipal da cidade, com a promessa do prefeito que em breve esses terrenos estarão sendo titulados para as pessoas que moram nos mesmos. Alem disso, outras 150 pessoas vão até o lixão para coletar materiais recicláveis e vendem a uma empresa de Ponta Porã, sendo que é dai que tiram os seus sustentos.
Em algumas das casas, todas de madeira ou restos de material de construção, tem energia elétrica, mas não tem água potável, onde os moradores tem que ir até um riacho que passa nas proximidades para tomar banho e na volta trazem sempre os baldes cheio de água limpa para cozinhar e lavar as louças.
A renda média semanal de cada trabalhador local do sexo masculino gira em torno de R$ 300 reais, deste valor se paga R$ 80 reais para o caminhão fazer o frete do lixão até empresa. De maneira geral, no final do mês cada trabalhador consegue em torno de R$ 880 reais com despesa de R$ 320 com frete dos produtos.
Para as mulheres que moram e trabalham no local a situação é mais grave, já que uma mulher tira em média R$ 200 reais por semana e tem as despesas com frente que não souberam informar o custo.
Outra situação que merece ser observada com mais atenção por parte das autoridades é quanto o alto índice de natalidade, visto que cada mulher que mora no lixão e tem idade entre 21 a 35 anos, tem em média de 3 a 5 filhos, moram sozinhas e não tem marido, portanto é um questão bastante grave e precisa ser vista com muita atenção pelas autoridades do Paraguai.
Conversando com os moradores, o senhor Ramão Cristaldo, 42 anos, nasceu no local, é casado e tem seus filhos lá, não conhece outro serviço e disse que esta ouvindo boatos que o lixão poderá mudar . Ele esta assustado, pois se isso acontecer, não sabe como vai viver e manter sua família. Falando a respeito da ação dos acadêmicos da UASS, o senhor Cristaldo enfatizou que fica feliz com a alimentação ofertada e os cobertores, quem vem em boa hora já que o inverno promete ser rigoroso e não sobra recursos para a compra de cobertas e agasalhos.
Uma das senhoras ouvidas pela reportagem pediu que os acadêmicos fizessem um cadastro das famílias que moram no local, porque quando as pessoas que moram na redondeza ficam sabendo que vai ter a distribuição de alguma coisa, acabam por comparecer ao local para receber os agasalhos e cobertores e dessa forma, muitos que realmente moram no local, acabam ficando sem receber os mantimentos.
O que pensa os acadêmicos que realizaram a ação?
Danielli Fernandes mora em Navirai e cursa medicina na UASS. Disse que nunca tinha visto uma situação difícil assim e que isso serve para se conhecer a realidade das pessoas carentes e que ‘para ser médico é preciso acima de tudo ser um ser humano melhor, e em momentos assim e vendo a situação em que está o seu semelhante vem fazer com que se valorize o aprendizado de hoje’.
Já o acadêmico Nevylle Castro, que veio de Goiana para estudar na UASS, ações desta natureza é importante, porque o aluno saindo de dentro da faculdade e passando a conhecer a realidade das comunidades carentes vai fazer com que se de mais valor no momento em que está vivendo e aprendendo na pratica a conhecer a realidade do dia a dia.
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PEDRO JUAN CABALLERO – PARAGUAY..