Pai registra próprio nome no filho sem esposa saber e ‘Leandro’ vira tradição na família: ‘Fui no embalo’

Cansado de pessoas errando seu nome, Elivelton Leandro Vieira, de 45 anos, decidiu, ainda na adolescência, que se apresentaria apenas por Leandro. Todos os 4 filhos do casal têm mesmo segundo nome do pai.

Por g1 SC e NSC TV

Um auxiliar contábil chamou a atenção em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, por colocar seu segundo nome em todos os quatro filhos. Cansado de pessoas errando a pronúncia e escrita, Elivelton Leandro Vieira, de 45 anos, decidiu, ainda na adolescência, que se apresentaria para as pessoas apenas como Leandro.

Omitindo o primeiro nome, uma homenagem do pai a um jogador de futebol, ele conheceu sua esposa, ainda com 15 anos, em uma festa na cidade. Hoje, o encontro de 30 anos atrás é lembrado pelos quatro filhos, que têm todos Leandro ou Leandra no documento de identidade.

Diferenciados apenas pelas flexões de gênero, os jovens estão registrados como Jhonatan Leandro (29 anos), Shayane Leandra (22 anos)Yuri Leandro (16 anos) Julia Leandra (14 anos).

Segundo Elivelton, os filhos brincam que “faltou criatividade do pai”.

Ao longo do casamento, o casal teve quatro filhos, todos com Leandro ou Leandra no nome — Foto: NSC TV/ Reprodução

Ao longo do casamento, o casal teve quatro filhos, todos com Leandro ou Leandra no nome — Foto: NSC TV/ Reprodução

O encontro

Ele e a esposa se conheceram em uma festa na maior cidade do Oeste catarinense e trocaram números de telefone. A mulher, Marilene Jucoski Vieira, conta que só soube que o pretendente se chamava Elivelton quando tentou ligar para ele no dia seguinte.

Quem atendeu a ligação, conforme a empreendedora, foi um colega de trabalho dele. Ela achou que tinha sido enganada.

“Um outro Leandro que atendeu. Ele disse: ‘eu não fiquei com você ontem à noite’. E eu disse que sim, que a gente conversou e tal. Ele disse que não foi ele e eu já pensei que o cara mentiu para mim. Mas ele disse que tinha um Elivelton Leandro. Eu disse: ah, deve ser esse. E chamou o Leandro”, relembra.

O registro

Elivelton tinha apenas 16 anos quando o primeiro filho do casal nasceu. Ele conta que repassou seu nome ao menino sem a companheira saber. Para Marilene, o primogênito se chamaria apenas Jhonatan, nome escolhido por ela.

“Como fui no cartório registrar, e já que eu tinha Leandro no segundo nome, fui no embalo. E, assim, seguiu até o quarto filho”, comenta.

“Ela achou estranho, pois ela que escolheu o [primeiro] nome. Mas ela não brigou, aceitou de boa”, comentou.

Os registros dos filhos seguintes ocorreram em consenso. Enquanto a mulher encolhia o primeiro nome, o pai seguia repassando o “do meio” aos descendentes.