Monitor do PIB aponta queda de 8,7% no 2º trimestre ante o 1º trimestre

Segundo a FGV, a retração de 8,7% do PIB no segundo trimestre é a maior queda da história brasileira

OProduto Interno Bruto (PIB) brasileiro tombou 8,7% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o tombo foi de 10,5%, conforme os dados divulgados nesta terça-feira, 18. Segundo a FGV, a retração de 8,7% do PIB no segundo trimestre é a maior queda da história brasileira, “pelo país desde 1980”, desde quando há dados trimestrais.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-5990868310294203&output=html&h=250&slotname=1636004644&adk=4121174086&adf=2232939446&w=300&lmt=1597868208&psa=1&guci=2.2.0.0.2.2.0.0&format=300×250&url=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Feconomia%2F1606748%2Fmonitor-do-pib-aponta-queda-de-8-7-no-2-trimestre-ante-o-1-trimestre&flash=0&wgl=1&dt=1597865631943&bpp=1974&bdt=6862&idt=36045&shv=r20200817&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&jscb=1&jscd=1&abxe=1&cookie=ID%3Dca58f2dfacfdb784-227850aee1b70057%3AT%3D1596318668%3ART%3D1596318668%3AS%3DALNI_MbHvI8BLOYLnx8YWAeotAI5w3_Oxg&prev_fmts=0x0%2C288x250%2C288x250%2C288x100&nras=1&correlator=1822032877054&frm=20&pv=1&ga_vid=910744628.1565725092&ga_sid=1597865668&ga_hid=1875132883&ga_fc=1&iag=0&icsg=2251945884524544&dssz=47&mdo=0&mso=0&u_tz=-240&u_his=4&u_java=0&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=35&ady=1247&biw=1226&bih=568&scr_x=0&scr_y=0&eid=42530557%2C42530559%2C182982100%2C182982300&oid=3&psts=AGkb-H-ywxy1Ne0sSG24W-P9tPvJxof0dnG_ViRcMlsmzusDBB-2VL87_Z4CzTzuJJIj3cqzXG0CfqxN1Z6aSRxqog%2CAGkb-H-tsQE5LBp8PAYb-mq4oOlrBIkF2zFP69UkjJMGm7HSytooTqxbqsSMxOHywtUo&pvsid=4329727220211036&pem=916&ref=https%3A%2F%2Fwww.noticiasaominuto.com.br%2Feconomia%2F1606748%2Fmonitor-do-pib-aponta-queda-de-8-7-no-2-trimestre-ante-o-1-trimestre&rx=0&eae=0&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1242%2C568&vis=1&rsz=%7C%7CleEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=8192&bc=31&ifi=1&uci=a!1&btvi=1&fsb=1&xpc=aYS6COB6uM&p=https%3A//www.noticiasaominuto.com.br&dtd=M

“É inegável que a pandemia de covid-19 trouxe enormes desafios para a economia brasileira que ainda devem demorar a serem solucionados. No entanto, na análise desagregada dos meses do segundo trimestre, nota-se que o pior desempenho foi em abril. Embora as taxas interanuais de maio e junho ainda estejam muito negativas, já houve melhora dos resultados nestes meses na comparação dessazonalizada”, diz a nota divulgada nesta terça-feira pela FGV.

Em junho, isoladamente, o Monitor do PIB apontou alta de 4,2% no PIB, na comparação com maio. Em relação a junho de 2019, a queda na atividade econômica foi de 6,5%, conforme o Monitor do PIB.

“Embora a economia esteja no segundo trimestre em situação pior em comparação ao anterior, no curto prazo já se observa uma melhora da atividade”, continua a nota da FGV.

Pelo lado da oferta, o tombo recorde do PIB no segundo trimestre foi puxado pela indústria, cuja atividade despencou 12,8% em relação aos três primeiros meses do ano, e pelo setor de serviços, que recuou 8,4%, na mesma base de comparação.

Pelo lado da demanda, tanto o consumo das famílias quando a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) puxaram a queda histórica, segundo o Monitor do PIB, que calcula esses dados desagregados apenas na comparação interanual. O consumo das famílias despencou 11,6% ante o segundo trimestre de 2019.

“Na análise do consumo de bens, as fortes retrações no consumo de semiduráveis (-51,0%) e de duráveis (-30,2%) são explicadas por quedas em todos os segmentos que compõem estes tipos de consumo. Já o consumo de não duráveis, embora tenha retraído 1,1% no trimestre, apresentou crescimento nos segmentos alimentícios e de artigos farmacêuticos e de perfumaria. O consumo de serviços também apresentou retração em diversos segmentos, embora as quedas no consumo de alojamento e alimentação e de saúde privada tenham sido as maiores contribuições para a queda deste tipo de consumo”, diz a nota da FGV.

Já a FBCF retraiu 20,9% no segundo trimestre, em comparação com igual período de 2019. Segundo a FGV, houve queda em todos os seus componentes, mas 70% da redução dos investimentos se deveram à expressiva retração dos aportes em máquinas e equipamentos (-35,9%), com destaque para “automóveis, camionetas, caminhões e ônibus”.

Com isso, o Monitor do PIB estimou que a taxa de investimentos tenha ficado em 15,8% do PIB no segundo trimestre. Essa taxa é 2 pontos porcentuais (p.p.) abaixo da média desde 2000, informou a FGV.

O Monitor do PIB procura antecipar a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.