Fome em BH,BRASIL: Flagra fila de dois quarteirões com sem-teto em busca de almoço

23 milhões de pessoas vivem com menos de R$ 7 por dia no Brasil

O Globocop sobrevoou o Restaurante Popular I, na Avenida do Contorno, no Centro de Belo Horizonte, no início da tarde desta sexta-feira (17) e registrou uma multidão que aguardava para almoçar. A longa fila de sem-teto dobrava o quarteirão.

Durante o feriadão, os restaurantes populares da capital mineira têm oferta de almoço exclusivamente à população em situação de rua.

Desde 2020, a população de rua de Belo Horizonte pode almoçar nos restaurantes populares em todos os fins de semana e feriados. Veja mais informações.

Segundo o Executivo, há 4,5 mil sem-teto na capital mineira, mas uma nota técnica da Universidade Federal de Minas Gerais informa que esse número passa dos 9 mil.

A crise econômica e financeira causada pela pandemia da Covid-19 agravou a fome no Brasil e, atualmente, 33,1 milhões de brasileiros estão passando fome no país.

Porta do Restaurante Popular está lotada no Centro de Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Porta do Restaurante Popular está lotada no Centro de Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Gás de cozinha

Hoje em dia, a inflação consome mais de 10% do salário mínimo – que está em R$ 1.212 – na compra de um botijão de gás de cozinha. E, com os preços nas alturas, tem muita gente que não está conseguindo comprá-lo.

Botijão de gás (foto ilustrativa) — Foto: JN/Reprodução

Botijão de gás (foto ilustrativa) — Foto: JN/Reprodução

Essa é a situação de muitos moradores da Vila Sumaré, na Região Noroeste de Belo Horizonte, para tentar amenizar, a Central Única das Favelas (Cufa) distribuiu vales-gás nesta sexta-feira.

De acordo com o Boletim Desigualdade das Metrópoles divulgado nesta quinta-feira (16), 20% dos lares da Região Metropolitana vivem com uma renda per capita de R$ 303.