Policia Federal faz megaoperação contra Unick Forex e prende nove pessoas

A Polícia Federal está na ruas nesta manhã de quinta-feira (17) para cumprir a Operação Lamanai, que tem como alvo a Unick Forex, com sede em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. A Unick opera um esquema de pirâmide financeira onde deixou milhares de clientes sem seus investimentos.

Segundo informações do GaúchaZH, duzentos agentes policiais estão nas ruas para cumprir 10 mandados de prisão e 65 ordens de busca e apreensão. A operação ocorre em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Curitiba, Brasília, Palmas e Bragança Paulista. Noves pessoas já haviam sido presas até às 8h, mas os nomes não foram divulgados.

Em paralelo, a Polícia Federal também cumpre medidas judiciais cautelares para sequestro de bens, bloqueio de dinheiro em contas bancárias e apreensão de veículos.

De acordo com a reportagem, a PF afirmou que a empresa chegou a captar R$ 40 milhões por dia.

Como funcionava a Unick Forex

A Unick Forex dizia operar no mercado Forex e de Criptomoedas. Através de suas operações, a empresa prometia retornos de até 1,5% ao dia.

Em março de 2018, a empresa sofreu a primeira retaliação por parte da CVM, que a proibiu de ofertar investimentos no Brasil. A empresa continuou a operar normalmente mas, em 2019, tentou mudar o foco do esquema para despistar as autoridades.

Com a troca de nome de Unick Forex para Unick Academy, a empresa começou a focar numa espécie de venda de pacotes educativos, que não passava de fachada para que o esquema de pirâmide financeira continuasse.

Os investidores, por sua vez, começaram a ter problemas em junho deste ano, quando os saques começaram a atrasar. Com novas desculpas a cada semana e informações desencontradas, a Unick tentava ganhar tempo e enrolar os clientes.

Nos meses seguintes, a empresa acumulou milhares de reclamações no Reclame aqui além de dezenas de processos por todo o Brasil.

Para amenizar os problemas, a Unick contratou o escritório Nelson Wilians & Advogados Associados para propor acordo com os clientes. O acordo, no entanto, propõe restituição de apenas 20% do investido.

Os responsáveis pela empresa, Leidimar Lopes e Danter Silva, já são velhos conhecidos no mercado brasileiro. Leidimar foi fundador da Phoner, uma outra pirâmide financeira que deixou milhares de investidores na mão. Danter também teve um passado similar, onde consta como réu em um processo acusado de captar clientes para um golpe ponzi chamado D9.

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