Presos alunos de medicina que alugaram carros na capital para vender no Paraguai

Três estudantes de medicina foram presos em Campo Grande por alugar e tentar levar quatro veículos ao Paraguai. A prisão foi feita nesta terça-feira (14) por policiais da Força Tática do 1BPM. Os três foram identificados pela polícia como Patrick Dionei Pereira de Morais, 27, Emerson Mascarenhas da Costa, 20, ambos do estado do Pará, e Sérgio Henrique da Silva Lima, 40, natural de Três Lagoas.

Após serem presos pela tentativa de levar os carros, os três disseram que não chegaram a “arrastar” nenhum carro ao país vizinho em data anterior. Geralmente nestes casos, os veículos brasileiros são vendidos ou trocados por droga.

De início, Patrick e Emerson locaram um Chevrolet Onix com documentos falsos. Após alugar o veículo, o empresário desconfiou do documento apresentado, bloqueou o carro e acionou polícia. Por meio da localização, a PM abordou os dois na Avenida Fábio Zahran, nas proximidades da Salgado Filho

Durante abordagem, os dois disseram que eram estudantes de medicina na região da fronteira, utilizariam o carro durante a noite e iriam deixá-lo em Ponta Porã. Simultaneamente, o dono de outra locadora também desconfiou que seria lesado no mesmo tipo de golpe e acionou a polícia.

Segundo a PM, os documentos utilizados nas duas locadoras estão no nome de uma mesma pessoa. Foi então feito o monitoramento de Henrique que estava com um VW Gol e também foi abordado na Fábio Zahran.SAIBA MAIS

Após as abordagens, durante diligências, a Polícia Militar soube que o trio já havia alugado outros dois carros, um Renault Duster e um Volkswagen Virtus. Os dois veículos foram encontrados estacionados em um posto de gasolina na Avenida Eduardo Elias Zahran. No total, quatro locadoras foram alvos do trio.

De acordo com o cabo Diego Carvalho, a atuação dos três é a mesma de uma quadrilha que está praticando o golpe em outros estados. A polícia suspeita que eles podem fazer parte do mesmo bando.

Eles foram presos e vão responder por associação criminosa, uso de documentos falsos e estelionato. Bruno Eurico, dono de uma das locadoras, contou que desconfiou do documento apresentado e pelo fato de não terem apresentado nenhum tipo de comprovante. “As locadoras tem sofrido muito com esse tipo de crime”. Ainda segundo Bruno, a empresa fica no prejuízo, pois nestes casos, a seguradora geralmente realiza ressarcimento, após o encerramento do inquérito.

Participaram do flagrante, o cabo Diego Carvalho, sargento Cleber Daniel e o soldado Fernando Henrique Lopes, da Força Tática do 1BPM. O caso foi registrado na Depac Piratininga.