Operação prende em MS suspeitos de fornecerem armas e munições para facções

PRF e Polícia Civil de MS e do RJ fazem operação conjunta nesta segunda; Um suspeito foi preso em uma lavanderia, em Campo Grande e o outro em um circo, em Dourados.
Por G1 MS

Força-tarefa da PRF e Polícia Civil prendeu Moacir Teixeira de Freitas, de 46 anos, nesta segunda-feira (3), em Campo Grande, pela suspeita tráfico de armas para facções de milícias do Rio de Janeiro — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A força-tarefa da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil prendeu dois homens em Campo Grande e Dourados (3). Eles são suspeitos de serem fornecedores de armas e munições para traficantes de drogas e milicianos do Rio de Janeiro. A polícia não revelou as funções que eles desempenhavam na quadrilha.

Moacir Teixeira de Freitas, de 46 anos, foi preso no bairro São Francisco, em uma lavandeira de roupas – onde trabalhava e foi encaminhado para a sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras).

Já Valdisnei Ederson Alves, de 28 anos, foi preso em Dourados. O mandato de prisão para ele tinha sido expedido para Bandeirantes, onde não foi localizado. A força-tarefa descobriu então que o circo onde o suspeito trabalha estava na cidade do sul do estado e pediu a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) apoio para cumprir a ordem judicial.

Valdisnei Ederson Alves, de 28 anos, foi preso em Dourados, por policiais da Defron — Foto: Defron/Divulgação

No total, a força-tarefa tem 7 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão para cumprir em Mato Grosso do Sul. Sendo 13 em Campo Grande e 1 em Bandeirantes, que acabou sendo cumprido em Dourados.

A operação conjunta é contra uma quadrilha que enviava armas e munições para traficantes de drogas e milicianos no Rio de Janeiro. As investigações duraram um ano. Além de Mato Grosso do Sul estão sendo cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão também no Rio de Janeiro, onde já foram presos 3 suspeitos, totalizando 4 na ação.

A suspeita é que o material vinha do Paraguai. O armamento trazido abastecia tanto traficantes de drogas quanto milicianos, que disputam o controle de comunidades em diferentes pontos do Rio.

Segundo investigações, a quadrilha teria enviado de Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro milhares de munições e centenas de armas nos últimos meses.

A polícia investiga também outros crimes atribuídos a quadrilha. O trabalho é coordenado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos, do Rio de Janeiro.