O MDB de Mato Grosso do Sul enfrenta a pior crise das últimas décadas. Com a prisão do ex-governador André Puccinelli e a desistência da senadora Simone Tebet de disputar o Governo do Estado o partido está desintegrando e provavelmente não disputará a sucessão do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB.
A imprensa de Campo Grande já especula que na tarde desta sexta-feira ou no mais tardar amanhã (04) de manhã, Simone deve declinar ao convite de Puccinelli para substituí-lo. Desde que foi anunciada, a senadora enfrenta forte resistência a seu nome do deputado e presidente da Assembleia Legislativa (ALMS) Junior Mochi, que simpatiza com a reeleição de Azambuja desde a prisão do ex-governador.
O próprio esposo de Simone Tebet, o deputado Eduardo Rocha também defende, nos bastidores, o alinhamento com o atual governador, na atual conjuntura. A questão do financiamento da campanha é outro complicador para a senadora, que se perder continua no Senado, mas pode sair endividada.
Além de Mochi e Eduardo Rocha outras importantes lideranças do MDB avaliam que Simone Tebet terá remotas possibilidade de enfrentar Reinaldo Azambuja e o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, do PDT. Um eventual desempenho pífio da senadora, comprometerá a reeleição de deputados e enterrará projetos de quem quer vaga na AL e na Câmara Federal.
Quem também está situação delicada é o senador Waldemir Moka, que precisa da reeleição para continuar em Brasília. Até mesmo para ele uma candidatura fraca de Simone pode significar sua própria derrota. Moka já admite tentar voltar à Câmara dos Deputados.
Enquanto o MDB definha, o PSDB e o PDT encorpam suas candidaturas e aumentam consideravelmente o tempo no horário eleitoral no rádio e na TV. As negociações com os partidos antes comprometidos com Puccinelli seguem intensas em Campo Grande.
Somente a libertação de Puccinelli poderá atenuar o drama do MDB. Na Capital, correm rumores de que ele possa ser solto a tempo da convenção do partido marcada para amanhã em Campo Grande.
