Alvo de operação da PF em Rio Grande já foi preso por acompanhar transporte de maconha, diz delegado

Suspeito foi interrogado e, no início da tarde, aguardava uma audiência de custódia para ser encaminhado ao presidio da cidade. Operação Duelo teve o cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão no Paraná e em São Paulo, além do Sul gaúcho.

Por Nathalia King, RBS TV

Alvo de mandado de prisão preventiva obtido pela Polícia Federal, um suspeito de envolvimento no tráfico internacional de drogas foi preso na manhã desta quinta-feira (14) em Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul. De acordo com a PF, o mesmo homem já havia sido preso no ano passado no Paraná, por acompanhar transporte de maconha.

“Cumprimos um mandado hoje de um individuo que já tinha sido investigado. Ele é morador daqui, e estava em prisão domiciliar. Foi preso preventivamente em razão desse mandado”, disse o delegado Gabriel Leite ao G1.

A prisão aconteceu por volta de 6h, na Vila Santa Rosa. Segundo o delegado, o suspeito foi interrogado e, no início da tarde, aguardava uma audiência de custódia para ser encaminhado ao presidio da cidade. Ele nega envolvimento nos fatos.

Devido à localização geográfica, por ter o único porto marítimo do estado, Rio Grande é uma alternativa de rota para o tráfico internacional de drogas. No ano passado, foram apreendidos 250 kg de cocaína em um contêiner. A proximidade com o Uruguai também facilita articulações de criminosos.

Operação Duelo
A ação da PF, denominada Operação Duelo, teve o cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão no Paraná e em São Paulo, além do Sul gaúcho. Dez pessoas foram presas, e R$ 1,2 mil e um veículo foram apreendidos.

No decorrer da investigação, que começou em 2016, a PF descobriu três núcleos criminosos que, de maneira paralela ou independente, atuavam no tráfico de drogas. Eles estão vinculados a apreensões de entorpecentes em diferentes regiões do país.

As investigações demonstram, conforme a PF, “robustos indícios acerca do modus operandi das três associações criminosas, demonstrando o elo estável mantido entre seus integrantes para prática do crime de tráfico transnacional de entorpecentes”.

A droga, proveniente do Paraguai, era distribuída em diversos estados do país, por via terrestre ou aérea, em voos comerciais.

Ainda segundo a PF, foi possível identificar a atuação dos grupos criminosos em apreensões de maconha e/ou de haxixe em Foz do Iguaçu e em Céu Azul, no oeste do Paraná; em Gravataí, no Rio Grande do Sul; e no aeroporto de Guarulhos, na Região de São Paulo.

O objetivo da operação é reunir informações complementares sobre a prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, assim como o possível delito de lavagem de capitais, decorrente da movimentação dos valores obtidos com o tráfico.