Xarope, queijo e frango são novos códigos para propina na Lama Asfáltica

“Xarope”, “queijo” e ”frango” são novo códigos para o recebimento de propina, conforme averiguado pela Controladoria-Geral da União (CGU) no relatório da segunda fase da Operação Lama Asfáltica, Fazendas de Lama. Durante a primeira fase da operação, foi descoberto o termo “cafezinho” para denominar a distribuição de recursos para recebimento de vantagens indevidas e desvios praticados pela organização criminosa.
Interceptação de diálogo entre o servidor da Agesul Hélio Yudi Komiyama e José Roberto Egetra mostra os dois conversando sobre a entrega de um xarope. “Com esse xarope com certeza vou sarar”, afirmou Komiyama. “Para sarar bem rápido”, completou Egetra.
De acordo com relatório da CGU, o termo xarope se refere a vantagem indevida dada a Empresa Egetra. Logo após a entrega do ‘xarope’, a CGU constatou a transferência de valores entre a Agesul e Egetra para gerenciamento e supervisão de obra da MS-339 e MS-240. Nos valores de R$ 6 mil; R$ 86 mil; R$ 59 mil; R$ 143 mil; R$ 170 mil; R$ 20 mil e R$ 291 mil, totalizando R$ 778 mil.
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Em diálogo entre Hélio Yudi Komiyama e o engenheiro da Agesul Ocimar Ruiz Ribeiro, há a combinação de entrega de ‘frangos’. “Onde eu consigo Frango”, diz Hélio. “Vou encomendar para você. Se tivesse avisado antes, mas para amanhã não dá. Ver se arrumo dois amanhã”, responde Ocimar. Yudi recebe depois uma mensagem da mulher de Ocimar, dizendo que não conseguiram os frangos. “Só semana que vem”, encerra. De acordo com informações colhidas pela CGU, na mesma semana Yudi Komiyama fez vários pagamentos para aquisições imobiliárias, como um imóvel do Condomínio Dhama IV, no valor de R$ 240 mil.
Em conversa entre Hélio Yudi e Marcos Pulga, responsável por fiscalizar as obras, Komiyama agradece pelo “queijo” recebido “Se gostou tem mais quando eu for para Rio Negro”, diz Puga. “O queijo chegou. Obrigado” informa Yudi. De acordo com a CGU, Marcos Puga fiscalizava a obra da MS-430 no município de Rio Negro que estava sendo executada pela Proteco, empresa supostamente responsável pelo esquema de desvio de verbas e distribuição de propinas em obras do Estado.
A Polícia Federal e CGU também interceptaram diálogos onde os investigados marcaram de se encontrar para um café. Os encontros eram em praças, parques e estacionamentos. Hélio Yudi Komiyama, em conversa com Roberto Fagiolo, sócio da Transenge Engenharia, combina de se encontrar em um estacionamento de uma empresa de produtos para informática na esquina do apartamento onde mora. Após esse encontros, foram liberados para a Transenge R$ 5,9 milhões e R$ 4,7 milhões referentes a MS -147, MS-295 e MS-240. A Controladoria Geral da União contabilizou quinze encontros para “cafezinho” entre Yudi e Fagiolo, coincidindo com datas posteriores de liberações de recursos para a empresa.
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