Witzel diz que traficantes serão tratados como terroristas e 'abatidos'

Governador afirma que obteve de Bolsonaro o compromisso de que encaminharia tal projeto ao Congresso Nacional.

RIO – O governador Wilson Witzel, que assumiu ontem o comando do Rio, pode estar mais perto de levar adiante uma de suas propostas mais polêmicas de campanha — o “abate” de bandidos que estejam portando fuzis. Witzel, que deixou às pressas sua posse na Assembleia Legislativa do Rio para chegar a tempo de assistir a Jair Bolsonaro subir a rampa do Palácio do Planalto em Brasília, disse que obteve do novo presidente o compromisso de que encaminharia ao Congresso Nacional um projeto de lei que trate traficantes como terroristas e autorize que eles sejam mortos pela polícia quando estiverem com armas de grosso calibre. RECEBA AS NEWSLETTERS DO GLOBO:CADASTRARJá recebe a newsletter diária? Veja mais opções

— Eu espero que o Congresso Nacional aprove uma lei antiterrorismo que enquadre os traficantes como terroristas para que eles possam ser abatidos de fuzil e a gente possa, de vez, encerrar essa polêmica. Já falei (com Bolsonaro) e estamos trabalhando nisso. Ele deve encaminhar para o Congresso, e nós vamos apoiar — afirmou Witzel em Brasília.

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O  governador também disse que sua administração irá focar em investigar a lavagem de dinheiro e os homicídios. Segundo ele, a intervenção federal não teve tempo de fazer isso, mas ele fará.

– A intervenção não teve tempo de fazer essa investigação, mas nós vamos fazer. Vamos focar no trabalho investigativo da lavagem de dinheiro e também na questão dos homicídios. Vamos retirar o poder do tráfico de drogas – pontuou.

Horas antes, no início da manhã, durante a cerimônia na Assembleia Legislativa do Rio, o governador manteve o tom firme sobre suas ações contra o crime organizado e se referiu aos traficantes do estado como “narcoterroristas”. Nesse momento, arrancou aplausos da plateia. Witzel venceu a eleição impulsionado por um forte discurso de apelo à adoção de medidas mais duras no combate à criminalidade:

— São narcoterroristas e como terroristas serão tratados. 

GLOBO