Tio joga sobrinho de 9º andar após descobrir que jovem era gay, na Chechênia

Tio joga sobrinho de 9º andar após descobrir que jovem era gay, na Chechênia

Um adolescente gay de 17 anos morreu após ser empurrado do nono andar de um prédio pelo seu próprio tio, que descobriu sua homossexualidade, na região rússia da Chechênia. A família alegou à imprensa que estava “lavando a sua honra”, conforme noticiado o jornal britânico Metro.

Este tipo de acontecimento entre famílias tem acontecido com maior frequência desde que a polícia da região recomendou que as famílias “dessem um jeito” em seus parentes LGBT, ou eles mesmos “resolveriam”.

O caso veio a público por um homem homossexual que reportou o incidente à agência France 24 News. Ele fugiu da Chechênia após contar a um líder religioso local sobre sua sexualidade.

O checheno, que não quis revelar sua identidade disse à agência de notícias que os líderes religiosos locais recomendam que os pais matem suas crianças homossexuais. “Eles dizem ‘Ou vocês os matam, ou nós mesmos matamos”, disse. “Eles chamam isso de: ‘limpar sua honra com sangue'”.

Ele contou anonimamente à imprensa o que ouviu do líder religioso após contar que era homossexual: “Como checheno e homem, não faça isso! Nem na mesquita e nem no distrito. Se for fazer, vá embora porque isso é a coisa mais repugnante que você pode fazer”

Relatos horripilantes de brutalidade, tortura e mortes vem emergindo da república russa. A vítima que escapou de lá afirmou à France 24: “Sempre fomos perseguidos lá, mas nunca da maneira e intensidade com que vem ocorrendo ultimamente. Eles matam pessoas LGBT e fazem o que querem.”

A denúncia da perseguição aos homossexuais da Chechênia tem sido notícia constante em veículos internacionais. Recentemente, a chanceler alemã Angela Merkel pediu ao presidente da Rússia, Vladmir Putin, que tome alguma atitude em relação à situação.

A Chechênia é uma região muçulmana controlada pela Rússia. Ainda que tenham sido descobertos campos de concentração para homossexuais na região, líderes locais se recusam a debater o fato ou mesmo reconhecer a existência de homossexuais por lá.