Suspeito de matar esposa e deixar corpo 5 dias em casa sofre ameaça na cadeia

Depois de três dias preso no Presídio de Trânsito, Gelvio Nascimento Rosseto, de 26 anos, precisou ser transferido para o Instituto Penal de Campo Grande. O motivo da mudança seria garantir sua segurança, já que os internos na unidade não estariam aceitando o rapaz, suspeito de matar a ex-mulher Luana de Campos Gracco, de 22 anos, com uma tábua de carne.

Gelvio foi preso em flagrante no dia 2 de setembro, depois que uma amiga de Luana encontrou seu corpo já em estado de decomposição na casa em que ela morava na Vila Santa Luzia. Depois de ter a prisão preventiva decretada, em audiência de custódia, o rapaz foi encaminhado para o Presídio de Trânsito.

De acordo com o site Midiamax, na primeira noite no local, o suspeito foi isolado em uma cela disciplinar por segurança, já que não estava sendo aceito pelos internos da unidade, em virtude a brutalidade do assassinato da jovem. Diante da preocupação da família do rapaz e também da situação encontrada no presídio, a defesa de Gelvio entrou com pedido de providência, para que a transferência fosse feita com urgência.

Na segunda-feira (5) o pedido foi aceito e no dia seguinte o autor foi levado para o Instituto Penal. Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Gelvio está instalado em uma ala especial do presídio, mesmo local em que ficam internos que cumprem pena por estupro e crimes hediondos.

Ainda de acordo com o site, durante depoimento, o suspeito negou ter matado Luana, mas as provas encontradas no local, segundo a delegada Priscilla Anuda Quarti, comprovavam a autoria do crime. Ainda assim, o caso ainda é investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que espera o resultado do exame de necropsia para identificar como a jovem foi assassinada.

Luana foi morta no sábado (27), depois de uma briga com o ex-marido. Vizinhos relataram que ouviram barulho de vários objetos quebrando na residência. Ainda assim, a jovem só foi encontrada cinco dias depois, quando preocupada com o sumiço da vítima, uma amiga foi até a casa, pulou o muro e encontrou o corpo já em estado de decomposição.

No local, os policiais encontraram uma tábua de carne suja de sangue e com fios de cabelo, possivelmente a arma usada no homicídio. Gelvio já foi preso por tráfico de drogas, mas o crime foi desqualificado para consumo pessoal.