Sul-mato-grossense vai à Câmara pedir cassação de deputado após cusparada

Sul-mato-grossense vai à Câmara pedir cassação de deputado após cusparada
Motivo de polêmica no último domingo (16) durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara dos Deputados, a atitude do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) é alvo de pedido de cassação do mandato dele após a cusparada em direção a Jair Bolsonaro (PSC/RJ) – relembre aqui.
O documento foi protocolado ontem (20) e o autor é servidor público de Mato Grosso do Sul, Vinicius Siqueira, morador em Campo Grande. O rapaz é conhecido no Estado por integrar movimentos, como Chega de Impostos, e organizar manifestações nas ruas.
O pedido de afastamento do deputado foi protocolado pelo advogado dele, Helder Lucio Rêgo.
Conforme o Correio do Estado, o que embasou o pedido do campo-grandense foi a confusão ocorrida depois de Jean proferir o voto. Após usar o microfone, o deputado cuspiu em direção a Jair Bolsonaro (PSC-RJ), deputado conhecido nacionalmente por declarações consideradas homofóbicas.
Nas redes sociais, depois do ocorrido, Jean Wyllys afirmou que não tinha vergonha e não se arrependia de ter cuspido em direção de Bolsonaro porque, segundo ele, o deputado cuspia diariamente nos direitos LGBT e das mulheres.
No pedido protocolado ontem na Câmara, o servidor público de Campo Grande afirmou que não houve nenhum conflito grave durante a votação que decidiu pelo impeachment de Dilma e que “o brasileiro é o que o mundo inteiro já sabe: educado, cordial, solidário e principalmente pacífico”.
A conduta de Wyllys, para Vinicius Siqueira, é classificada como vergonhosa. “Nem o ‘Big Brother’, programa onde o deputado fez fama, admite este tipo de comportamento”, diz o pedido publicado pelo portal.
O requerimento que pede a perda do mandato do deputado foi encaminhada à mesa diretora da Câmara e também será encaminhada ao Procurador Geral da República (PGR). Além do campo-grandense, o mesmo pedido de cassação também deve ser feito pelo PSC, partido de Bolsonaro. A Câmara ainda não se pronunciou sobre o caso.