Soja e derivados registram melhores preços em outubro

Projeções demonstram que Brasil conquistou melhores resultados que EUA
Com importações de soja registrando 95 milhões de toneladas na temporada 201/2017, a China bate novo recorde de maior comprador da oleaginosa. No ciclo anterior, o total foi de 93,5 milhões de toneladas, o que se justifica pelo aumento na utilização do grão para fabricação de ração para animais destinados ao abate.

A projeção foi divulgada na última sexta-feira (3), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), justificando que o aumento dos embarques ficou dentro do esperado com 2,49 milhões de toneladas, apesar da queda no total acumulado do ano. Até o momento, o valor total comercializado pelo país é de US$ 14,8 milhões, contra mais de US$ 16 milhões no ano passado.

CENÁRIO POSITIVO NO BRASIL

A situação brasileira é diferente, com valores de soja em grão e farelo alcançando os maiores patamares nos últimos tres meses do ano e para óleo, o preço melhorou ainda mais, o maior dos últimos nove meses.

Segundo análise feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq USP) as valorizações do complexo da soja estão atreladas à firme demanda externa e à retração de produtores da comercialização de grandes lotes, visto que as ofertas para entrega em 2018 têm preços mais elevados.

Além disso, as cotações foram impulsionadas pela valorização do dólar, que teve média de R$ 3,1950 em outubro, a maior desde julho deste ano, em termos nominais. Em 21 das 35 regiões acompanhadas pelo Cepea, a média de outubro foi a maior dos últimos três meses, em termos nominais. Quanto ao óleo de soja, os preços são os maiores desde janeiro, em termos reais, com média de R$ 2,753,19/tonelada (posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS) em outubro.

Nessa segunda feira, a soja disponível negociada no Porto de Paranaguá variou entre R$ 73 e R$ 74 reais, porém, o valor de pagamento à prazo (para dezembro) chegou a R$ 74,50.

Fonte: Correio do Estado