Situação climática do Paraguai deve favorecer o desenvolvimento da soja

A safra atual de soja no Paraguai terá uma boa produção com o auxílio do clima, como explicou o especialista agroclimático Eduardo Sierra, durante uma apresentação das projeções climáticas para os diretores da Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleaginosas (Capeco).

O especialista disse que, mesmo que a soja não chegue à produção recorde do período anterior (2016-2017), quando esta foi maior que 10 milhões de toneladas, as chuvas serão suficientes para se obter uma boa colheita. Contudo, o La Niña afetaria as plantações em 2018/19.

“A safra atual é de transição, já que a safra 2016/17 foi bastante úmida e trouxe um recorde produtivo para o Paraguai e a safra 2018/19 tende a ser seca em todo o seu desenvolvimento”, disse Sierra.

Ele também ressaltou que “a partir de 20 de dezembro as chuvas irão se recuperar bastante na área agrícola paraguaia, sobretudo no Oeste e não tanto na região oriental, mas este é um bom sinal e esperamos que janeiro e fevereiro tragam chuvas que vão ser boas para a produção”, enfatizou.

Ele também comentou que as chuvas não vão ser excessivas, mas que as temperaturas não devem ser muito altas, de forma que o resultado produtivo será bom: nem excelente, nem ruim.

A preocupação, contudo, é centrada no mês de março, já que o início de uma seca pode afetar os cultivos de milho.

Luis Cubilla, técnico da Capeco, também comentou que a situação no campo é muito díspar, de forma que aquelas áreas que foram plantadas mais ao norte, na zona de Alto Paraná e Canindeyú, podem enfrentar maiores castigos em decorrência dos problemas climáticos.

Tradução: Izadora Pimenta