Réu na Lama Asfáltica alega demência e juiz nomeia curador para ele

Antônio Celso Cortez é proprietário da PSG, que mantém contratos milionários com o poder público

Proprietário da PSG Tecnologia, empresa que detém, entre outros contratos, vínculos de R$ 62,7 milhões com a administração estadual de Mato Grosso do Sul, Antônio Celso Cortez alegou senilidade e demência no processo em que é réu na Justiça Federal, por ocasião da Operação Lama Asfáltica, e agora terá um advogado, Carlos Roberto de Souza Amaro, como seu curador. 

O processo contra o empresário ainda foi desmembrado da ação penal em que é réu juntamente com João Roberto Baird, dono da falida Itel Informática, empresa que repassou o legado à PSG, de Cortez, além o ex-governador André Puccinelli, o filho dele, Puccinelli Junior, o ex-secretário André Cance, o advogado João Paulo Calves, Ivanildo Cunha Miranda (delato da Lama Asfáltica e operador de esquema do JBS em Mato Grosso do Sul), entre outros acusados.

Neste processo, a propina da JBS paga aos envolvidos chega a R$ 22,5 milhões, conforme acusação do Ministério Público Federal. Cortez chefou a ficar preso preventivamente em um dos desdobramentos da Operação Lama Asfáltica, a Computadores de Lama. Ele foi solto pelo desembargador Paulo Fontes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. 

A ação penal vai seguir normalmente em relação aos demais acusados. Com a alegação de demência, a expectativa é que o curador de Cortez assuma a administração de contratos milionários que a PSG Tecnologia mantém com o poder público. CORREIO DO ESTADO.