Uma erva-mate com nove vezes menos cafeína foi ‘redescoberta’ pelo Inta (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria) da região de Cerro Azul (província de Missiones, que faz fronteira com o Brasil). A bebida é tão popular no país vizinho como em diversos estados brasileiros, especialmente da Região Sul e Centro-Oeste.
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LISTA 4 – AMAMBAY
O gênero Ilex dumosa se destaca por ter nove vezes menos cafeína (em extractos aquosos) que a Ilex paraguariensis – a mais consumida na América do Sul. Além disso, registra um bom nível de polifenóis e antioxidantes benéficos à saúde.
Reconhecida por sua qualidade e cotada a um preço melhor que a erva-mate comum, a Ilex dumosa era a variedade preferida durante a época dos conquistadores espanhóis da América do Sul. No entanto, no ano de 1935 foi criada a “Comissão Reguladora da Erva-mate”, que determinou o uso exclusivo da paraguarienses, por considerar a dumosa tóxica e adulterante. Como resultado, as plantações da foram desaparecendo.
Um dos responsáveis pela recuperação da variedade foi o especialista em Biotecnologia do Inta Mario Kryvenki, que trabalha no Banco de Germoplasma do gênero Ilex instalado no campo experimental de Cerro Azul. “Graças a este aporte algumas espécies podem se tornar novas alternativas econômicas de produção, bem como fonte de genes de resistência ou tolerância a problemas fitossanitários e de estresse abiótico, como estiagem ou baixas temperaturas”.
De acordo com o pesquisador, a dumosa é originaria da região de Missiones e do Brasil, e costuma ser menos afetada por pragas e doenças, ao mesmo tempo que apresenta uma ampla adaptação ambiental, alta tolerância, viável para colheita manual ou mecânica e apresenta alto rendimento industrial. Após estudos agronômicos, químicos, organolépticos, farmacológicos e tecnológicos, a espécie foi considerada apta a servir como alimento a humanos.
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