Presos assaram e comeram fígado de detento em presídio no Maranhão

Uma ação movida pela 28ª Promotoria Criminal de São Luís (MA) denuncia um caso de canibalismo dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas ocorrido em dezembro de 2013 na cela 1 do bloco C.
Segundo o Ministério Público (MP) o ritual aconteceu após um desentendimento entre seis integrantes de uma facção criminosa onde um deles, identificado como Edson Carlos Mesquita da Silva, acabou sendo sentenciado à morte.
A vítima foi torturada e assassinada a golpes de faca. Ele foi esquartejado em 59 pedaços e teve o seu fígado assado e comido pelos criminosos. Partes do corpo de Edson foram espalhadas dentro do pavilhão e os bandidos ainda espalharam sal para esconder o mau cheiro.
Duas semanas após o crime, segundo o MP, foram encontrados restos da vítima e em janeiro do ano seguinte a arcada dentária foi achada.
O processo havia sido concluído sem autoria, mas em 2014 uma testemunha-chave apareceu e o caso foi reaberto. A testemunha contou detalhes que batem com laudos periciais da época do crime.
No dia que aconteceu o crime estavam na cela junto com a vítima Geovane Sousa, o Baxabau/ Samiro Rocha de Sousa, o Satanás; Joelson da Silva Moreira, o Índio, que já morreu; Rones Lopes da Silva, o Roni Boy; e Enilson Vando Matos Pereira, conhecido como Matias ou Sapato, além de um homem que não foi identificado. Estes detentos são apontados como os assassinos de Edson Carlos. Os acusados foram ouvidos e negaram participação no crime.
A denúncia do Ministério Público não aponta outros crimes semelhantes nem a conivência de funcionários da penitenciária com o assassinato. A promotoria aguarda uma decisão judicial para dar prosseguimento ao caso.