Polícia Federal prende 12 dos 15 vereadores de Foz do Iguaçu

A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou na manhã desta quinta-feira (15) a 5ª fase da Operação Pecúlio, e prendeu 12 dos 15 vereadores da cidade.
Cerca de 150 policiais estão cumprindo 78 mandados judiciais: 20 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária, 11 de condução coercitiva e 39 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas ligadas ao esquema criminoso.
Policias estão nas ruas de Foz do Iguaçu, Curitiba, Cascavel, Maringá e Pato Branco, no Paraná; Recife, em Pernambuco; e Brasília, no Distrito Federal.
A Operação Pecúlio investiga um grupo de pessoas que cometia irregularidades perante a Administração Pública de Foz do Iguaçu e na Câmara Municipal da cidade, mediante desvio de recursos públicos, com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas.
Somente em algumas obras de pavimentação de Foz do Iguaçu, submetidas a exame pericial pela PF, foram constatados prejuízos consumados na ordem de aproximadamente R$ 4,5 milhões. A péssima qualidade do material utilizado nas obras reduzia consideravelmente o tempo de vida útil destas.
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As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, fundamentadas em diversos indícios e colaborações premiadas obtidos ao longo das investigações e fases da Operação Pecúlio.
De acordo com a PF, a 5ª fase se chama Nipoti, plural de nipote, um substantivo comum de dois gêneros da língua italiana, que significa sobrinhos ou netos. O nepotismo tem origem na palavra nepos, nepote, do latim, que se prende à ideia de descendência, parentesco, assumindo o sentido de favoritismo para com parentes.
Operação Pecúlio
A 1ª fase da Operação Pecúlio foi deflagrada em 19 de abril. Os principais alvos foram o ex-secretário de Tecnologia da Informação, Melquizedeque da Silva Correia Ferreira Souza, o ex-secretário de Planejamento, Rodrigo Becker, e os empresários Nilton João Beckers e Euclides de Moraes Barros. O então prefeito de Foz, Reni Pereira (PSB), foi levado para depor sob condução coercitiva.
Após análise de depoimentos, interceptações telefônicas e documentos apreendidos, a PF deu sequência à investigações e deflagrou, no dia 3 de maio, a 2ª fase da Operação. As novas informações levaram os policiais às portas da Secretaria de Obras. Duas pessoas foram presas preventivamente: o ex-titular da pasta, Carlos Juliano Budel (PSDB) e o ex-diretor de pavimentação, Aires Silva.
No dia 20 de junho, a 3ª Vara Federal em Foz do Iguaçu acatou denúncia por formação de quadrilha e outros crimes contra 85 pessoas ligadas direta ou indiretamente a Reni Pereira (PSB). A Câmara Municipal foi atingida com o indiciamento dos vereadores Paulo Rocha (PMDB), Beni Rodrigues (PSB), Darci Siqueira (PTN), Edílio Dall’agnol (PSC) e Hermógenes de Oliveira (PSC).
Na 4ª fase, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, decretou a prisão domiciliar de Reni Pereira e determinou seu imediato afastamento do cargo de prefeito. A vice, Ivone Barofaldi (PSDB), assumiu a cadeira do Executivo no dia 14 de julho. No final de outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão domiciliar de Reni, mas manteve o impedimento político.gazetadopovo.com.br
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