Pecuarista que deixou gado sem comida é investigado por desmatar bioma pantaneiro

Crimes ambientais foram registrados na mesa fazenda, na zona rural de Coxim

Animais foram morrendo de fome aos poucos. Foto: Divulgação

O pecuarista de 64 anos multado em R$ 118 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental), por deixar 236 cabeças de gado abandonadas para morrerem de fome em fazenda na zona rural de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, responde por outro crime ambiental na mesma propriedade.. Conforme denúncia oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), ele desmatou 182,40 hectares do bioma pantaneiro.

Consta nos autos que no dia 30 de outubro de 2012, ele danificou vegetação na região dos Paiaguás. Nesta data, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fez fiscalização e se deparou com o desmatamento em área de preservação permanente, sem autorização legal. A autoria do delito foi comprovada por meio de laudos realizados pelo órgão ambiental federal, anexados ao procedimento.

A denúncia foi aceita em 2017 pela juíza Tatiana Dias de Oliveira Said, da Vara Criminal, da Infância e da Juventude da Comarca de Coxim, mas ainda não há definição sobre sentença. Além disso, o Midiamax apurou que o pecuarista foi alvo de reclamações trabalhistas. Ele chegava à fazenda de avião, enquanto funcionários sequer tinham acesso adequado a saneamento e acabavam consumindo água do córrego. Foi aberto procedimento junto ao Ministério do Trabalho, mas as investigações foram arquivadas neste mês de novembro.