Morto pela polícia participou de 50 homicídios e era líder de facção

Oziel Barbosa, 27 anos, morto com tiro no peito desferido por investigador da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) participou de 50 homicídios, tinha em seu desfavor sete mandados de prisão em aberto e era líder da facção criminosa Comando Classe A, que atua no estado do Pará.
Delegado Fábio Peró explicou que desde o dia 31 de março equipe do Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil do Pará está em Campo Grande em busca de criminosos foragidos daquele estado. A informação era de que os marginais estavam em Mato Grosso do Sul para negociar a compra de uma tonelada de maconha.
O trio estava na Capital há cerca de um mês e se refugiava em uma residência no Bairro Jardim Seminário.
Nesta quarta-feira (6), por volta do meio-dia, equipe do Garras e do Pará abordaram Bruno Quadro das Neves, 28 anos e Rosival Fernandes da Cruz, 47 anos, nas proximidades da rodoviária, na região da saída para São Paulo. Na ocasião, Rosival usava documento falso em nome de Rosivaldo Alves da Silva.
A suspeita da polícia é de que Bruno e Rosival seguiam para negociar a compra da droga. A dupla revelou aos agentes a razão pela qual estavam em Campo Grande e disseram que Oziel, que usava nome falso de Cleiton Rodrigues da Silva, estava em uma residência na Rua Torre do Alto, no Jardim Seminário.
MORTE
Ainda segundo delegado Fábio, por volta das 14h30min, equipe composta por cinco policiais chegou ao endereço e, ao levantar o portão os policiais foram recebidos a tiros. Oziel estava com um revólver calibre .38 adaptado para calibre .357 e efetuou três disparos contra os investigadores, sendo que dois foram deflagrados e um falhou.
Nenhum policial foi ferido e um agente do Garras revidou com um tiro no peito de Oziel. Ele foi socorrido e levado de viatura para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida.
A casa onde os três se refugiavam era alugada por meio de uma imobiliária e no local havia apenas cama, fogão e geladeira, o que indica que era usado somente como entreposta para a prática de crime.
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PERIGOSOS
De acordo com o delegado Edilson dos Santos Silva, todos têm passagens por tráfico de drogas. Bruno era foragido do presídio de Santarém (PA) e responde por 17 casos de roubo a banco.
Já Oziel, morto pela polícia, era líder da facção Comando Classe A, que atua no Pará em conjunto com outra facção, a Conde dos 30, ambas especializadas em roubo a banco e tráfico de drogas.
Autoridade policial explicou também que Oziel teve participação direta e indireta em 50 homicídios. Rosival, por sua vez, permanecerá preso por uso de documento falso. Inicialmente, Bruno e Rosival ficarão custodiados em Campo Grande. correio do estado